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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Certo e errado....






É incrível como existem pessoas que definem dentro de si mesmas que existe de fato um caminho certo e outro errado para as coisas; e mais incrível ainda como tem pessoas que só tomam atitudes se elas estiverem de acordo com tais idéias corretas, ou erradas talvez. Acho que na parte que muitas delas não pensam é que: tudo varia. Até mesmo o certo e o errado. Ou então, o que é aparentemente certo pra alguém pode ser absurdamente errado para outra. E então? Se você sentir aquela vontade enorme dentro de você de se arriscar por alguém, largar tudo de lado, esquecer dos seus valores e aproveitar todas as coisas maravilhosas que a vida tem de bom? Ser absurdamente hipócrita e esquecer dos seus problemas enquanto dança em uma festa? Se você quiser pular de um lugar alto só pra sentir o vento batendo forte no seu rosto e chegar assim mais perto do que é voar...? Se você quiser todas as coisas do mundo, mais a sua mãe não? Você simplesmente desiste? Joga uma água fria em todo o fogo da sua alma e vive monotonamente? Porque o seu vizinho acha errado algum certo tipo de música, você para de ouvi-la? Acho que não.
A questão é: forme as suas próprias opiniões. Arrisque-se. Meta a cara e veja no que dá. Se der certo, maravilha. Caso contrário, maravilha. A vida é feita de momentos, e acredite, por mais que não pareça, cada um deles te ensina alguma coisa. As vezes um simples momento te mostra valores absurdos, e vice e versa. Suas escolhas tem sempre metade de chance de dar certo. Só não esqueça que para tudo, existe uma consequência.

Dói...









Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deterSaudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada, se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando MC Donald´s, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias. Saudade é não saber mesmo!Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso… É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler… 





Perdida pelo mundo...



Porque nem sempre as coisas são como a gente quer que elas sejam, e por mais que a gente tente mudar, as coisas não saem do lugar. E a gente fica assim, perdida num mundo paralelo que criamos pra nos esconder, pra tentarmos fugir dos nossos sentimentos. Mas é impossível se esconder, pois eles estão dentro de nós, onde não se pode enfiar a mão e arrancar, eles fazem parte de nós, e destruindo eles, destruímos á nós mesmos. O jeito, é se esconder atrás da imaginação, criar um mundo de mentira, e acreditar que ele é real, assim podemos nos esconder, fazer de conta que tudo é bom, nada é mal. Esquecer de tudo, esquecer do mundo. Transformar as pedras em flores, e viver no conto de fadas que eu quiser, onde eu sou princesa e nada é ruim.






sábado, 21 de abril de 2012

Viva Apaixonadamente...



É preciso viver apaixonadamente, em qualquer situação, indistintamente. 
Seja lá o que for que você faça, empregue toda tua energia e todo teu espírito nesta tarefa. Acredite, se fizeres assim, sentirás prazer até em lavar pratos ou em varrer a calçada, por quê há vida e beleza em tudo, e cada momento é importante, principalmente este que você nem percebe passar e, por favor, largue estes pratos e esta vassoura: há música no ar!Cante, ainda que desafinado, e dance, mesmo sem saber dançar. 

Chore todas as lágrimas que tiver e ria até não mais poder. Ame, perdoe, sinta raiva, chute o balde, faça aquilo que você verdadeiramente tem vontade de fazer. Não é convencional? É arriscado? O que as pessoas irão pensar? Afinal, o que você pretende?
Se você pensa que é maravilhosa a rotina de trabalhar, voltar pra casa, assistir tv, dormir e sair com as crianças no final de semana, parabéns. Você é uma pessoa realizada. Mas penso que até fazer sexo, por melhor que seja, acaba ficando apenas razoável em um ritmo destes.E eu quero o melhor do sexo, o melhor do meu trabalho, o melhor da minha família, o melhor da minha vida.
Se você também quer isso, envolva-se de mágica, deixe fluir a energia que existe em você. O universo inteiro está latente dentro de ti e tudo que você precisa fazer é deixar-se explodir. E quantas coisas surgirão, quanto a fazer, quanto a conhecer. Vá, não olhe pra trás. Não pense em nada, apenas confie em você. Você marchará rumo ao infinito e o que você viverá poderá ser bom ou ruim, nunca se sabe, mas sempre será enriquecedor, não duvide disto. E nunca, nunca se deixe vencer pelo medo, siga em frente.
Ninguém conquista um sonho sem perseguí-lo, ninguém anda uma milha sem dar o primeiro passo. Se ao fim da estrada alguma sombra de arrependimento te atacar, ainda assim levante a cabeça, orgulhe-se por ter tentado, por ter buscado, por ter empregado todas as tuas forças até o último instante.Tanto pior e sempre pior é arrepender-se daquilo que você não fez.






Um pouco da minha vida





Eu devo ter algum problema, alguma coisa muito séria. Devo ter nascido com uma tatuagem na testa escrita "Não se aproximem, sou uma babaca metida", porque na boa, só isso explica. Desde pequena, pequena mesmo tipo no maternal, eu entrava em uma sala de aula e todas meninas me olhavam tipo "eca, lá vem ela". Cara, uma criança inocente e pura??? Como assim??

Com o passar dos anos a coisa piorou, afinal, o instinto de competição das  mulheres só vai se aguçando; quando entrei para a primeira série, eu fui para um colégio totalmente novo em que eu não conhecia ninguém. Tá, tudo bem, tudo numa boa. Ninguém me odiava, AINDA. Até que a espertinha aqui resolveu escolher o menino que todas as garotas da sala eram apaixonadas pra ser meu paquerinha (poxa genten ele era lindo), e adivinhem? Ele começou me paquerar de volta (eu to usando o termo paquerar porque eu era uma criança, não riam ok). Pronto! Conseguiu Isabela! Todas meninas da sua série te odiavam (noooovidade!). E isso se estendeu até a minha quarta série. Eu andava com os meninos, eles eram os melhores amigos do mundo e eu não senti falta de amiga nenhuma, de verdade. Nunca fui do tipo de mendigar amizade ou de me fazer de boazinha para que todos gostassem de mim. Sou patricinha? Sou sim, gosto de me arrumar, passar uma maquiagem e confesso ser um pouco fresca para algumas coisas. Mas o lado que ninguém conhecia de mim (uma pena) era o lado palhaça de ser, de falar besteira e de brincar igual um homenzinho na rua. As pessoas gostam de julgar por aparências, odeiam alguém só pelo que veem por fora. "Nossa que patricinha nojenta, fútil, escrota, antipática" (parece que esses adjetivos acompanham necessariamente o termo patricinha né?). Eu não tenho problema com quem não gosta de mim, mas quero que você não goste de mim depois de me conhecer, depois de conversar comigo; aí sim você tem todo direito de dizer: "Nossa, que garota ridícula".

Mas enfim, me mudei para outro colégio na quinta série e a saga continuou. Eu tinha um grupo de amigas bem patricinhas (a gente se vestia igual, me joguem pedras) e é óbvio que ninguém gostava da gente. E tá, dessa vez eu merecia. A gente não dava espaço pra ninguém entrar na panelinha e nos vestíamos iguais (meu deus eu estou me odiando por contar isso)! Mas quem nunca teve uma fase ridícula dessas né? De ter seu grupinho de amigas restrito e se acharem as lindas e boas por isso? Ainda bem que isso passou rápido.

Na sexta série me mudaram de sala e eu fui para a sala dos nerds do colégio. De início achei que não fosse me adaptar, sério. Mas na real? Foi a melhor coisa que aconteceu comigo. Fiz amigos que nunca imaginaria fazer e conheci pessoas incríveis que estavam ao meu lado o tempo todo e eu nunca notei porque estava ocupada demais sendo uma idiota combinando roupa com as amigas. Aprendi a conhecer as pessoas antes de julgá-las e mudei muito meu jeito de ser (me lembro que tinha uma menina na sala que era filha de uma faxineira do colégio e só por isso ninguém conversava com ela; que coisa mais escrota, sério. Bem, ela virou minha melhor amiga). Mudei a cabeça de muitas pessoas que me consideravam uma garota vazia e percebi que nada melhor do que surpreender as pessoas.

O tempo se passou e eu fui para a tão esperada faculdade. Eu era uma nova pessoa, na boa. As bobeiras de ensino médio tinham ficado todas para trás, eu não tinha mais aquela idiotice de "ai, odeio essa garota!"; um dia todo mundo cresce né? Não. Eu cresci, mas pelo visto muitas pessoas ainda não. Assim que entrei na sala já tinham montado um fã clube "Eu odeio a Yana". Nunca tinha visto aquelas pessoas na vida, nunca tinha conversado com elas por falta de oportunidade, e eu não ia nas festas da turma pois achava elas muito promíscuas (era muita putaria genten, não dá.) e por isso eu era a antipática. Acreditam que uma vez fui perguntar para uma garota porque ela não gostava de mim assim, de graça, e ela me respondeu "Você nunca vai nas festas, parece que está esnobando a gente." Hello? Eu namorava, me dava o respeito e não ia me acabar descendo na boquinha da garrafa nessas festas não. Mas percebam que: eu não era a única da sala que não ia nas festas, mas eu era a única que eles odiavam por não ir. Vai entender? Esse povo da minha faculdade realmente superou todos os níveis de criancice possíveis que eu já vivenciei. Era de dar dó o tamanho da falta do que fazer. Me lembro que um dia fui com um sobretudo rosa na aula (estava muito frio e só pra constar, eu tinha aquele sobretudo há 3 anos), e vocês não vão acreditar. Neguinho tirou foto. Isso mesmo que você leu. Tiraram foto e publicaram no Facebook que eu estava em um desfile de moda. Na boa? Eu não tenho nem comentários. Acho que o que mais incomoda na minha personalidade é que eu não dou a mínima pra esse tipo de atitude, desde pequena aprendi lidar com críticas de pessoas que não me conhecem e graças a minha mãe, pessoa tão sensata, eu sei que não devo me importar com isso.

Chega um dia que a gente cansa de tentar mostrar que não somos tudo aquilo que as pessoas pensam. Eu não sou metida, não sou antipática, mas ok, você acha? Então faço questão de passar de nariz empinado do seu lado, afinal, nada que eu faça vai mudar o que você pensa. Né? Porque pessoas assim querem arrumar um motivo para não gostar, não importa que você seja a madre teresa de calcutá, esse tipo de pessoa sempre vai arrumar um motivo para criticar. 

O que vale é o que seus amigos acham de você. Se eu fosse uma pessoa ruim (como acham que eu sou), eu não teria tantos amigos e não seria tão amada. E é isso que me consola e sempre me consolou. Pra cada pessoa que fala mal de mim, tenho dois amigos que me defendem. Então quer saber? Pode falar, pode tirar foto, pode me odiar, fazer fã clube, colocar minha foto na parede a atirar dardos em cima. Enquanto você se descabela se preocupando com a minha vida, eu to aqui, ouvindo uma música, conversando com a minha melhor amiga sobre o que vamos fazer essa noite e nem sei quem você é.

Já tentaram olhar para o sol sem se sentir incomodados? Pois é. Tudo aquilo que reluz demais incomoda as pessoas. Um sorriso verdadeiro, amizades verdadeiras, ser amada pela sua família e andar sempre de bem com você mesma; é isso que incomoda. Pessoas infelizes não suportam ver a felicidade do outro.. Mas que se dane, eu não me importo. Não mais.

Poderiamos...




"Podemos acordar numa manhã chuvosa e passar o dia inteiro deitados na cama enrolados nos lençóis.
Eu poderia colocar minhas pernas entre as tuas e acariciarias o meu rosto com tuas mãos de forma leve e depois aproximarias o teu rosto ao meu e beijavas a minha boca daquele jeito suave e ao mesmo tempo quente que só tu sabes. Eu poderia morder teus lábios e puxar-te para mais perto, acariciar teu corpo, na tentativa de fazer-te arrepiar.
Nossos corpos poderiam encostar-se e
 tornarem-se apenas um. 

Eu poderia rir baixinho ao teu ouvido, daquele jeito que te provoca e que te faz sorrir, por um tempinho e assim, irias agarrar-me e começar a rolar sobre a cama.
Vou parar por cima de ti, agachada sobre teu corpo, prendendo-te pelas mãos, encostar os lábios ao teu pescoço e percorrer a rota até á nuca, mordiscando-a e sentindo teu perfume.
Puxas-me com delicadeza para o teu lado e aconchegas-me nos teus braços, vamos fechar nossos olhos e ficar ali abraçados, deitados o resto do dia, com nossas brincadeiras, deixando o tempo passar.
(Último Sonho)





quinta-feira, 19 de abril de 2012

Única e autêntica!


            Poucas vezes resolvi explodir a resolver algum problema. Poucas vezes ocultei alguma coisa pra não magoar ou não ser verdadeira. poucas vezes pensei mais em mim do que nos outros, mas por mais que fossem poucas as vezes, nessas vezes eu só recebi olhares me incriminando .

            Penso que ser egoísta é fraqueza. Que ser orgulhoso é medo. Que ser auto-suficiente é depêndecia. Que ser fechado é receio. Que ser feliz todo o tempo é omissão. Prefiro ter meus dias egoístas, raramente, só para lembrar que sou humana e fraca. Prefiro não ser orgulhosa, mas admitir que tenho medo de seguir, de fazer, de ser feliz. Prefiro ser super dependente. De pessoas? Talvez. De Deus? COMPLETAMENTE. Prefiro sim, por muitas vezes me fechar, já que minhas maiores experiências com o contrário só me trouxeram decepções. Prefiro ter meus dias de estresse, de TPM fora do tempo, de acordar irritada e dormir feliz, porque é assim que se vive. Sem esconder nada de ninguém. Sendo sincera!
            Sinceridade! É realmente de uso raro entre as pessoas. Vejo pessoalmente isso. Algumas pessoas que julgam me conhecer, não me acham sincera. Por isso mesmo só julgam me conhecer. Porque eu sou legal, mas não sempre. Sou previsivel, mas não para todos. Sou ruim, quando eu sei que estou certa e inisitem contrariar. Sou mimada, mas tenho o pé no chão (por falar nisso, odeio gente mimada e infantil, duas características que na mesma pessoa, cansa!). Sou muitas me uma, talvez uma em muitas, ainda pode ser que eu seja nenhuma em alguém, ou alguém em nehum, ou em um...
            A tarefa mais difícil é fazer as pessoas enxergarem que eu não sou como elas idealizam. Sou imperfeita, incompleta, insegura, mutável, incompleta. Sou um ser humano.
            Cansei de reclamações. Eu erro sim, mas eu acerto também. Não quero nenhum elogio, quero reconhecimento, mesmo que eu não o saiba. Só o quero.
            Tenho hoje uma nova forma de ver as coisas. Cresci. Olhei mais fundo. Enxerguei novas possibilidades. Não só as minhas, mas me inspirei em quem já sabe mais que eu, em quem ainda não viveu tanto, mas que, na sua individualidade, teve muitos acréscimos que eu não tive. Porque somos todos únicos. Singulares.

Aprendi não para julgar, mas para crescer!

Dos afastamentos!


Sei que de minha parte não se iniciou esse processo de separação já anteriormente nem imaginado. Bem verdade que o tempo, de tão apertado, anda corrido e tanto minha disposição, quanto momentos disponíveis não são mais os mesmos. Aliás, diminuem gradativamente: acumulações se atribulam, alguns percalços pedem ajuste, gente gritando daqui, sentimento puxando do lado de lá - tem sido mesmo difícil satisfazer, mesmo com todo meu amor imenso e coração errante, as demandas daqueles que figuram como favoritados depois das sete chaves, do lado esquerdo, quase no meio do tronco. Os dias tem ficado cada vez mais frios, e me congelado junto, será? Cansei de correr atrás, só tenho suportado quem me compreende sem aquele esforço descomunal (e sim, simples), porque tudo que mais desejava é que, no momento em que o ritmo apertasse e o fôlego começasse a cessar, eu tivesse a quem olhar apenas de rabo de olho, sucinta e prosseguir na maratona que tem sido a vida.

Daí, que desses dias de sol no meio do quase inverno que tem perpetuado, mesmo com essa minha felicidade estável (surpreendente), algumas decepções. No profissional, não mais aquela gangorra de se dar bem de um lado, e mal do outro: é admirável o equilíbrio que tenho me esforçado pra manter. Na saúde, ando bem. Estética, todos os cuidados possíveis para melhorar, cada dia mais (eu, que tenho a ambição como uma aliada, sempre). Do lado romântico da coisa, tudo cada vez mais florido e contemplado; aquele sossego que eu, mesmo mulher e menina, até mesmo desprezei em outros tempos. Ou observava com certa desconfiança: não existe, quanta sem-gracice. Que nada. Tanto existe, como faz bem. Veja a melhoria em meu humor, a seda que anda meu cabelo, as tantas sensibilidades a que tenho me permitido. Tem sido maravilhoso, tem cada vez mais eu contente, e claro, tem gente que se afasta. Seria alegria à essa alegria alheia? Ah, agora você está em boas mãos, tchau. Pronto, já que você anda leve quase como um fantasma, farei que não a vejo. Cadê aquela cumplicidade toda, as milhares conversas madrugadas à dentro, regadas de cerveja ou espumante? Os segredos partilhados, o bom alinhamento da convivência? Foram pra baixo do tapete as fotos de quase dez anos, os laços fortificados que tanto já tentaram romper, e nós, mesmo quase completamente diferentes, seguíamos acreditando? Já se tornara mesmo tão frágil e quase morto isso de deixar falir o que um dia foi amizade, e num último estágio se transformou sem qualquer olhar atento a apenas mais uma associação, cheia de interesses e comodidades por trás? Desacreditava em amizade que qualquer ciúme derrubava. E parte, assim como consciência, estão comigo e em bons estágios: uma feita, a outra tranquila. Há erro em vivenciar da vida o melhor, e tentar, feito equilibrista conciliar companhias de anos, e simultaneamente, o sorriso dos meus dias? Pecado pode ser isso, de condenar com severidade quem abusa de certa inocência em viver, quase descabido de si próprio.

Se de um lado há quem se afugente desse meu estado sublime de conduzir dias corriqueiros e finais de semana, existe uma parte de mim que quer correr sabe-se lá pra onde; pra longe. E acaba ferindo quem, com cuidado e proteção sustentou por uma vida. Desse meu desejo de crescimento instantâneo, de impor maturidade onde ainda vêem a garotinha de dentes muito separados pedindo um pouco de atenção. Gente que foge dali, eu escapando sem rumo pra um único refúgio descoberto recentemente. Como cantam os fados portugueses, tão familiares a mim que sou descendente direta, e como Maysa contestou naquele episódio em que morre seu primeiro marido: dão de um lado, e fazem questão de tirar do outro. Dos cortejos e mimos de amor a que me baixei a cabeça e agora recebo, alguma perca do que antes me era essencial também: certa fraternidade que não me satisfazia, mas apaziguava. E daquelas que, não me compreendem os silêncios ou as tentativas de ressureição daquilo que numa memória não tão longínqua foi coisa viva e me quis bem assim, atônita de tanto bem. Quebra-cabeça essa nossa vida, onde com tempo e paciência, as peças e pessoas, situações, fatos e atos se acumulam e resolvem; quando não por nós, por si mesmos. Adultos e sábios da importância vital de se resgatar aquilo que compartilhado, faria multiplicação. De felicidade.

Sinais nítidos de que ele é um babaca...


- Machismo exacerbado: Ele pode sair à noite com os amigos, dar o pé em você na última hora no final de semana, ter a sua senha das redes sociais, cumprimentar ex na rua e o escambal. E você, querida? Nada. Basta que você deseje um shopping com as amigas enquanto ele joga futebol no domingo pra que o caos se instaure. Só é mandada menina que deixa, não custa lembrar.

- Muda na frente dos amigos: Quando a sós, é um doce, o mais romântico possível, um mimoso. Basta que o leve para um churrasco com os amigos dele ou mesmo para sair numa festa à noite, e de repente o príncipe encantado não é mais tanto assim: a deixa de lado, se torna mais frio, praticamente esquece que você existe. Tudo para bancar o machão na frente dos parceiros, lógico. A troco de nada.

- Agressividade surpresa: Estava tudo bem, maravilhosamente lindo, até que, numa briga, ele a ataca com palavras vociferadas sem nem pensar por um segundo, ou (pior ainda), com um apertão no braço. E isso é só o começo. Se o cara é agressivo, é babaca também, pode ter certeza. E o que começa com um tapinha que nem tanto dói no corpo, mas na consciência, só piora ao longo do tempo. Vão por mim. Agressividade, quando aparece, seja física, verbal ou psicológica só revela que talvez você mereça algo (muito) melhor.

- Tecnologia em demasia: Presta atenção ao celular, não se desliga do computador, dá check-in na sua casa, no restaurante, no motel e mesmo no final de semana checa o Twitter e o Facebook de 5 em 5 minutos. É um dos mais sutis avisos, mas, a gente é mulher quer atenção, porra. Piora se sempre tem mulher sendo adcionada, publicando coisas no mural ou curtindo o que ele posta.  

- Quer você mudada: A conheceu loira, mas, depois de alguns meses revelou que adora ruivas (numa indireta pra que você pinte o cabelo). Dá a dica para que você coloque silicone, abomina e tira sarro do tipo musical que você curte (e que já sabia ser este quando firmou compromisso), dá pra implicar com as suas roupas, o jeito de falar ou traços da personalidade. Se apaixonou assim, mas com o passar dos meses, parece querer uma nova namorada. Abra alas pra um idiota desses achar outra que não você pra mudar num estalar de dedos do moço. Uma coisa é ajudar e incentivar, outra é desejar uma mudança daquilo que já conhecia.

- Ostentação ridícula: Ele tem carrão, mora bem, faz academia adoidado, usa roupa de marca e bebe e come só do bom e do melhor. Adora comentar as viagens carésimas que já fez, os bens que a família possui, Tudo bem se tivesse um comportamento humilde. Agora, tem muito babaca que usa desses privilégios pra pegar menina, e mais, achar que está conquistando - e tudo que conseguem, a longo prazo, é nojo de menina decente e periguetes interesseiras na cola. Depois não entendem porque não aparece guria legal nunca pra namorar. Mulher curte cara simples, é tão fácil.

- Pãodurice: Não te leva ao cinema porque não quer gastar. Não compra presentes em datas especiais pelo mesmo motivo. Não a busca, não a leva, em função do alto preço da gasolina. Faz com que você pague várias vezes restaurantes, motéis ou passeios a dois, pois ele não pode gastar, não (ainda mais quando a ideia foi sua). Sovinice tem limite, meninos!

- Esquece os bons modos em casa: Trata mal atendentes, subalternos e funcionários públicos. Arrota, mija de porta aberta, parece não saber falar "pro favor" e "obrigado" e não se envergonha de peidar na sua frente. Fica mais de um dia sem tomar banho, faz barraco em lojas, supermercados e restaurantes e até mesmo com o telemarketing que liga sem parar. Assim não dá.

- Ciumento e inseguro a toda hora: 
Liga de 5 em 5 minutos. Quer saber de todo o seu passado - e se ele for cheio de páginas escritas, vai a incomodar por esse motivo sempre. Se um cara te olha numa festa, já quer partir pra pancadaria. Recusa roupas sensuais, e não acredita quando você diz que o ama, que está em casa, e quietinha. Com o tempo, vai cansando e você se sentindo numa prisão sem fim. Bem triste.