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quarta-feira, 6 de abril de 2011

A vida nos prega peças interessantes

Quando achamos que tudo está indo bem acontece alguma coisa para dar uma balançada ou talvez para testar se realmente estava tudo indo bem mesmo.








O conformismo e a rotina nos tranqüilizam e dão uma sensação de que tudo está bem, mas, será?







Se coincidências não existem e se o destino está escrito por que fugir dos sinais que aparecem na nossa frente mostrando um novo caminho para a felicidade? Para uma vida nova com milhões de possibilidades, novos conhecimentos, novas tentativas, novos erros e acertos? Por que fugir?







Será que talvez seja o medo do desconhecido? De não saber o que vai encontrar do outro lado da porta?







Só tem uma maneira de saber, abrindo a porta e para abrir é necessário ter certeza, ter coragem, pois a porta pode estar trancada se a dúvida prevalecer.







Abrindo a porta, um mundo novo surge a sua frente, com possibilidades nunca imaginadas. Neste mundo tudo pode acontecer para que a sua vida seja mais feliz, vai depender apenas de VOCÊ pois, é você que cria e destrói.







Um novo capítulo na sua história começa a ser escrito a partir do momento que sua mão toca na maçaneta para abrir a porta.







Pode parecer que vários sinais são enviados para nos alertar, mas, na verdade são poucos e às vezes não notamos e não notamos justamente pela comodidade, se está tudo bem pra que vou mexer? Pra que começar um novo capítulo quando já sabemos o final do livro?







A resposta é simples, se um sinal te fisgou, se uma das peças da vida te pegou, é por que estava na hora de uma mudança. Pode até ser que você não queira aceitar, mas, a hora chegou e não adianta lutar contra, outras evidencias aparecerão para confirmar os primeiros sinais.







Se a porta não for aberta, os pensamentos começam a ficar confusos e o mundo começa a girar mais rápido. Vai ser um eterno conflito interno, aquela voz na cabeça perguntando se você fez a coisa certa, perguntando por que não aproveitou talvez a única chance de alcançar a felicidade total, um estágio emocional nunca antes experimentado?







Provavelmente você não terá respostas e o conflito só vai crescer até que você resolva investir na abertura da uma nova porta.





A vida nos prega peças interessantes e só agora eu percebi. Minha sorte é que nunca é tarde demais e a porta que eu não tinha percebido meses atrás ficou muito clara pra mim agora.





Vou abrir.

Eu acbei de ler O Rei e o Camaleão: o monge rei e o camaleão

Título Original: O Rei e o Camaleão: o monge rei e o camaleão

Editora: Ideias a Granel

Número de Páginas: 119

ISBN: 859845504-0

Ano: 2006

Comprar: Artistas Gaúchos / Livraria Fantástica

Gênero Literário: Literatura Infanto Juvenil

Avaliação:

Contra-Capa: O livro compõe-se de duas histórias destinadas ao público jovem e adulto. “O Monge Rei” passa-se em um reino fictício no que se poderia comparar a nossa Idade Média, época de reis, castelos e lutas de espadas. Já “O Camaleão” é uma ficção espacial que conta a história de um agente secreto que tem a peculiar característica de ser um transmorfo. Ambas nos remetem àqueles sábados em que a geração que passou sua infância nos anos oitenta assistia seriados enlatados e colecionava revistas em quadrinhos.

O que dizer sobre esse livro tão delicioso? As vezes tenho a impressão de estar sendo repetitiva nas resenhas, mas eu estou tendo a sorte :D de ler livros bons seguidos.

O Rei e o Camaleão é um livro de Christian David e é dividido em duas histórias distintas. A primeira delas “O Monge Rei” conta a história do rei Petrus que por causa do tirano do reino, Solano, perde a memória e vai parar em um mosteiro enquanto Solano se aproveita dos fieis à Petrus e da rainha Litara. Estes pensam que Petrus está morto. Até que um dia, o Irmão Maior, no leito de morte, conta a verdade ao “Irmão” Petrus que começa a lembrar de tudo e decidi retomar Fangot, seu reino. Mas como ele, sozinho, lutará contra Solano e seus numerosos e oprimidos soldados? Conseguirá Petrus resgatar o amor de Litara?

Esse primeiro conto me fez lembrar de O Conde de Monte Cristo. Não que haja alguma semelhança definida, mas talvez pela época, ou pela tentativa de retomada do reino… não sei! Mas o que sei é que O Monge Rei me trouxe tanta alegria na leitura quanto O Conde de Monte Cristo. No começo da história me senti um pouco perdida. Até me acostumar com as nomenclaturas, tanto do reino quanto do mosteiro, foi difícil. Em determinados momentos precisava voltar e reler para entender quem era quem, mas isso foi apenas nas 15 primeiras páginas.

Depois disso a leitura flui que é uma maravilha e você se pega torcendo por Petrus.

Já em “O Camaleão”, conhecemos um pouco mais de Meg Knox, um transmorfo masculino, é, eu sei, esse nome nos remete a alguém do sexo feminino, mas Knox, como é chamado, é homem. Ele é natural de Bandeira 1, a décima primeira colônia da Terra. Knox é um dos cinco transmorfos de seu país que vieram para Terra. Destes cinco, somente quatro chegaram vivos na terra. Um, que já apresentava problemas mentais, está internado em uma clínica de recuperação e os outros dois são artistas. Knox tem uma vida abençoada, pelo menos em comparação aos outros que vieram com ele. Trabalhando para o SIGI (Serviço Intergalático de Inteligência), faz aquilo que sempre desejou: Estar envolvido nas decisões que podem ajudar o ser humano…

A última missão para qual Knox é chamado (e qual acompanhamos) é para se transformar (ou seria transmorfar?) em Sorbone, o ditador militar do planeta Zara que parece ter mudado de ideia ao desistir de passar para frente seu governo e assim desistido da conversa sobre paz. O SIGI quer raptar Sorbone enquanto Knox cumpre com o acordo que deveria ter sido cumprido pelo ditador. Mas ao chegar em Zara, Knox descobre que Sorbone não é quem todos pensavam…

“O Camaleão” apesar de ser uma história menor, é tão cheia de aventura quanto “O Monge Rei”. Um conto que flui tão bem que, percebemos em certo ponto que isso é uma característica do escritor. Esse é o poder de uma narrativa excelente. Gostei demais dos dois contos, igualmente e olha que quem me conhece, sabe que eu não sou muito fã dessas conversas intergalácticas ou futuristas né? Mas eu simplesmente me apaixonei. Confesso que eu quase dei quatro estrelas, só por causa do tamanho do livro, mas pensei melhor e percebi que não posso julgar um livro só por causa disso, já que, independente do tamanho, podemos perceber a qualidade.

Enfim, super recomendo! E sabe o que me causa mais alegria do que ler um livro assim? Saber que um dos meus queridos leitores também poderá ler. Isso mesmo, fique de olho que em breve teremos promoção aqui ;)

Sobre o autor:

Christian David é de Porto Alegre. Graduado em Ciências Biológicas com ênfase em Licenciatura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1998, participou do grupo de teatro amador “Banco de Talentos” atuando na área de revisão de texto, divulgação, sonorização e iluminação. Trabalhou por cinco anos como voluntário com grupos de jovens em uma instituição religiosa, incentivando a formação de equipes e realizando noites culturais e artísticas. O Rei e o Camaleão é o seu primeiro trabalho formal na área de literatura e foi publicado com o apoio da FUMPROARTE e da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Porto Alegre. Hoje, Christian é também autor do livro Mão Dupla.


Olha este livro e muito bom....