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sexta-feira, 2 de março de 2012

Cometas e estrelas !!!Cometas e estrelas





Há pessoas estrelas.
Há pessoas cometas.
Os cometas passam.
Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam.
As estrelas permanecem.
Há muita gente cometa.
Passam pela vida da gente apenas por isntantes; não prende ninguém e a ninguém se prende.
Gente sem amigos. Que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença.
Assim são muitos artistas.
Brilham apenas por instantes nos palcos da vida.
E com a mesma rapidez com que aparecem, desaparecem.
Assim são muitos reis e rainhas: de nações, clubes ou concurso de beleza.
Assim são rapazes e moças que se enamoram e se deixam com a maior facilidade.
Assim são pessoas que vivem numa mesma família e passam pelo outro sem serem presença.
Importante é ser estrela.
Marcar presença. Ser luz. Calor. Vida.
Amigos são estrelas.
Podem passar os anos, surgir distâncias, mas a marca fica no coração.
Ser cometa não é ser amigo.
É ser companheiro por instantes.
Explorar sentimentos.
Aproveitar das pessoas e das situações.
É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo.
A solidão é o resultado de uma vida cometa.
Ninguém fica. Todos passam.
E a gente também passa pelos outros.
Há necessidade de criar um mundo de estrelas.
Todos os dias poder vê-las e senti-las.
Todos os dias poder contar com elas.
Todos os dias ver sua luz e seu calor. Assim são os amigos.
Estrelas na vida da gente.
Pode-se contar com eles.
Eles são aragem nos momentos de tensão.
Luz nos momentos escuros.
Pão nos momentos de fraqueza.
Segurança nos momentos de desânimo. Olhando os cometas, é bom não se sentir como eles.
Nem desejar prender-se em sua cauda.
Olhando os cometas, é bom sentir-se estrela.
Marcar presença.
Ter vivido e construído uma história pessoal.
Ter sido luz para muitos amigos.
Ter sido calor para muitos corações. Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas,
é um desafio, mas acima de tudo uma recompensa.
É nascer e ter vivido, e não apenas existido.

Quase!









Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel… tudo por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. Mas a resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia” quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão;
pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo te impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
#PenseNisso