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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Se a vida não está colaborando...

Vamos encontrar mil razões para que tudo possa acabar bem. Não estamos aqui para conformar-nos com a sorte dada. Vamos esperar por dias melhores, lutar por tudo que sabemos que merecemos.






Todos nós possuímos a capacidade de optar pelo conformismo ou seguir como donos dos nossos sonhos. A escolha é nossa, de mais ninguém.





Vamos nos desacostumar dos dias normais. Vamos ser normais. Mas não vamos nos estagnar na rentidão do marasmo. Vamos em busca de manhãs cheias, de relógios dando a hora repentina. Vamos em busca do nosso “ganha pão”. Se não formos, quem irá?





Dias normais são sempre normais. Vamos buscar dias extraordinários. Desiguais em seus desafios. Chega de solidão e mesmice.





Nós queremos exceções.





Queremos dinheiro, não esmolas.





Queremos cultura, não futilidades.





Queremos comida, mas queremos comprá-la.





Queremos emprego, não exploração.





Queremos nossos direitos, não favores.





Queremos tudo que merecemos. Nada mais que isso.





Queremos dignidade. E já passou da hora...

Eu, eu mesmo e o computador...


No século 21 o mundo virtual é bem mais “habitável” para a maioria dos jovens e adultos. Lá somos fortes, lindos, maquiados e “sarados”. Não temos medo, somos valentes, imbatíveis, sensuais e populares. Não temos mau hálito, mau humor, nem solidão. Temos mil amigos no Orkut, mais uns 100 no MSN, mais uns 300 no Facebook, mais de 30 mil no Twitter!






No mundo virtual podemos ser o que quisermos. Fotos sorridentes, cercados por mil amigos diferentes, regados a descrição de perfis de “sou perfeito”, “sou legal”, “sou amigo”. Nesse tal mundo virtual cada um é cada um e em geral somos admiráveis.





Só que não paramos para pensar que por trás da tela fria (ou quente) de um computador existe um ser humano que possui defeitos e enfrenta a solidão. Há alguém que não é tão maravilhoso assim, que não é tão perfeito e que não possui tantos fãs como no “mundo imaginário”.





No mundo real, existem problemas, existe o trabalho, o estudo e a nota baixa na prova. No mundo real o “super internauta” não consegue fazer amizades tão facilmente clicando no botãozinho de “aceitar”, ou seja, dificilmente aceitamos com um “click”, como no Orkut, o amigo pedindo sua amizade. No mundo real somos frágeis, egoístas, preconceituosos e humanos. Temos resfriados, preguiça, estamos fora de forma, a raiz do cabelo está para ser retocada, somos nós mesmos, portanto, imperfeitos.





Talvez seja por este motivo que cada vez mais o número de sites de relacionamentos invadem a internet com a explosão de indivíduos insatisfeitos com a sua vida real, claro com exceções. Viver o imaginário é mais fácil que abrir a porta do seu apartamento ou da sua casa e encarar o sol escaldante lá fora, as contas na caixa de correio, a prova tão temida e a solidão que bate na porta todos os dias para aqueles que acreditam que não precisam de ninguém.





Vamos fugir para o mundo virtual. Vamos nos sentir como “Alice no país das maravilhas” e nos abster da realidade. O governo “aí fora” não presta e aqui, no mundo virtual, as pessoas são mais legais e mais bonitas e cheirosas. Somos amigos, fazemos questão de ver um as fotos dos outros, comentar e agradecer. Aqui no mundo virtual, colocamos frases no MSN, conversamos superficialmente, podemos “bloquear” os que não queremos falar, ficamos “invisíveis” ou "Off lines" quando não queremos “falar” com ninguém. Aqui no mundo virtual nossas roupas são lindas, não mostramos nossa cara amassada e nossas lágrimas. Nossa felicidade é panfletada a todos que se “interessam” por ela enquanto que a nossa tristeza é escondida através de um simples gesto de “desligar o computador”. Aqui tudo é mais fácil.





Já aqui no mundo real a vida é mais dura. Os amigos não mandam recados diariamente, não conseguimos fazer amizades com mil amigos em um mês, temos defeitos e nossas roupas ficam velhas. Aqui é bem mais difícil disfarçar a nossa tristeza. Temos que encarar o mundo lá fora, o ônibus lotado, as notícias ruins dos Jornais, a indiferença humana, e aqui, caros amigos, não podemos “bloquear” ninguém. Aqui o “papo é reto”, o olho no olho tem prioridade. Ser sincero aqui é fundamental para quem quiser habitar esse mundo. Seu perfil do mundo real tem que ser realista, não dá para camuflar ou inventar quem você realmente é pois, aqui você é descoberto mais cedo ou mais tarde. Aqui a vida é eletrizante e, portanto mais emocionante. Aqui os sentimentos são reais: raiva, rancor, ódio, amor, paixão, solidariedade,felicidade, compaixão, etc. Não tem para onde fugir e o seu “botão de desligar” não está em suas mãos, mas sim em algo superior.





P.s. Faça sua análise, escolha seu “mundo” e siga em frente.

Cadê o sentimento que tava aqui?


Se tem algo que é bonito de ser ver é casal apaixonado de novela. O amor é lindo, encantador, de conto de fadas. O mocinho faz de tudo para salvar a mocinha e vice-versa. Na trama, qualquer problema que possa surgir, lá está o casal firme e forte unidos contra tudo e contra todos. A união não é nem abalada no beijo de bom dia (na história novelística do casal não existe mau hálito).




Incrivelmente nós, aqui do outro lado da telinha, suspiramos a cada beijo e a cada vitória do casal. Como é bom ficar imaginando que poderia ser um de nós o “galã corajoso” ou a “musa indefesa”.



Nesse parâmetro de “relação Global” vivemos uma incansável busca pela “alma gêmea”, “pela metade da laranja”, pela “tampa da panela”, pela “pedra que incomoda o sapato” ou sei lá mais o que. Procuramos, procuramos e procuramos. Não tem que ser qualquer um, tem que ser “A mulher”, “O cara”. Até porque “nos achamos” muito para nos apaixonar por um (a) qualquer.



E partindo desse princípio as relações estão cada vez mais rasas, descartáveis, instantâneas. Não dá para perder tempo com o nosso parceiro atual, “sempre vai ter um melhor dando sopa” e nessa premissa corremos o risco de procurar a vida toda, pelo príncipe ou princesa encantada, e acabarmos sozinhos.



Na minha humilde opinião não há homem ou mulher perfeitos. São perfeitos sim, no começo do relacionamento onde qualquer gesto errado é considerado lindo: “Ah, não ligo se ele palitar os dentes é até bonitinho”, “Ah não ligo de ela gastar muito, ela só faz isso para ficar linda para mim”, “Ah, não ligo se ele é flamenguista” e por aí vai...



Sabe acho triste quando um relacionamento acaba. Acho sim. E defendo, acima de tudo, o bem estar de cada um, de verdade. Mas também acredito que qualquer relacionamento tem altos e baixos (muitas vezes mais baixos). E eu disse qualquer relacionamento, ou seja, podemos até trocar de parceiro, mas sempre vai ter alguma chatice para aturar de ambos os lados. Sempre. Já ouvi por aí que “é fácil acreditar em Deus quando se tem tudo”, o que me faz lembrar que é muito fácil amar alguém quando esse alguém está por cima, quando faz seu coração balançar, quando as pernas tremem e quando você fica na ânsia de conquistá-lo. O difícil é a reconquista, é a construção diária, a compreensão e a demonstração de afeto contínuo (assim como era no começo).



Conquistar é fácil, difícil é manter a conquista e quando isso não acontece a culpa é sempre do outro. Nunca olhamos para nós mesmos e enxergamos nossos erros. Olhamos com os olhos acostumados para aquela pessoa que já foi, um dia, muito importante para nós. Sendo assim, acordamos um belo dia e decidimos que vamos partir para outra. "Já deu", "já era" e eu quero ser livre. Mas lembre-se que ser livre é um estado de espírito, não uma condição.



Tem gente que é “livre”, mas é aprisionado ao vício, ao seu egoísmo e por aí vai. Você não é um prisioneiro apenas porque possui uma relação estável com alguém, na verdade, ninguém aprisiona ninguém. É aquela velha história de não “prender quem amamos porque se são nossos sempre voltam”. Quem ama de verdade sente-se livre. Porque o amor não é uma prisão. O amor é vida. Assim como o ar que respiramos. Já experimentaram prender o ar nos pulmões? Então... É bem por aí a idéia.



Acredito que qualquer um tem o direito de optar pelo que for melhor para sua vida. Cada um é responsável pelo que planta. Se plantar amor vai colher amor e assim sucessivamente.



Só para relembrar, na trama das novelas, os mocinhos enfrentam todas as barreiras para ficarem juntos. E todos nós admiramos muito isso. O triste é que na realidade apenas valorizamos os dias que passamos nas “nuvens”. Na hora de descer a ladeira pulamos antes de chegar lá embaixo (sem ao menos tentar evitar a queda).



Em tempo: o Amor DE VERDADE, não requer exposição nenhuma. Ele é sentimento. E isso já basta...