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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

"Zoilos, tremei! Posteridade, és minha!"




Hoje resolvi falar sobre uma poderosa ferramenta que muitos da mídia, profissionais e amadores, utilizam constantemente. 
A crítica.
Fonte de discussão e motor da maioria das “baixarias” que observamos na Internet, a crítica, no meu ponto de vista, pode se tornar uma perigosa arma, destruidora de carreiras e da moral do indivíduo. Tanto de quem critica, quanto de quem é criticado.
Mas vamos analisar o objeto, primeiramente analisando o seu efeito sobre o cotidiano, sobre a vida dos anônimos. Desde os primórdios a opinião é um fenômeno conhecido e praticado, sendo seu principal alvo as pessoas que saem do padrão e/ou que burlam as regras. Fundamental para uma pessoa que necessita e que deseja viver em sociedade, a opinião dá ao indivíduo o poder de se enxergar através das outras pessoas, com outros olhos, possibilitanto corrigir erros no comportamento ou em outros aspectos. Para quem diariamente é percebido sempre pelas mesmas (e poucas) pessoas e nunca é alvo constante ou provável de fofoca em massa, a única opinião que importa são as dos indivíduos que o cercam. Nesse caso, a necessidade de aprovação de seus atos é quase nula, já que os seus interesses e suas ações não vão modificar ou não vão se interpor entre o restante. Exemplo: não necessito saber se as pessoas de Aparecida do Norte – SP, vão achar correto se eu mastigar com a boca aberta.
O exemplo é péssimo, eu sei, mas é por aí.
Pequenas mudanças em sua vida provavelmente nunca atingirão uma grande quantidade de pessoas, a ponto de se sentirem obrigadas em concordar ou discordar de você. É óbvio que retirando as pequenas críticas diárias de pais excessivamente cuidadosos, filhos revoltados, vizinhos problemáticos, chefes de empresas exigentes, professores estressados com o salário e condição de emprego, não haverá mais nenhum tipo de crítica que o atinja e que modifique seu meio. Você não se importa com a visão que o restante do mundo tem de você porque você não é obrigado a conviver com o restante do mundo. Eu me importo de mastigar com a boca aberta não porque a comunidade de uma rede social qualquer diz que não pode. Mas porque meus pais me ensinaram assim. A opinião é deles.
O que quero dizer com isso tudo é que os principais atingidos com o poder da crítica, são as pessoas que se  expõem. É claro que sentir o peso de uma crítica ruim não é bom para ninguém. Porém os que se expõem são os principais alvos, porque sua vida e suas ações, querendo ou não, dependem da aprovação dos demais.
E então começamos a nossa real discussão.
Antes é necessário afirmar que quando digo “opinião” estou relacionando esse termo e igualando-o com “crítica”. Crítica ao comportamento, à forma de expressão do ser e não daquilo que é certo e errado, segundo nossas leis. Quando digo que a opinião da grande massa não importa, não é para ninguém sair pelado na rua só porque discorda do uso de roupas, que é o padrão da maioria. Não me compliquem, por favor.
Para quem está na mídia ou para quem tem um compromisso assumido e conhecido com um público, suas ações são correspondidas com o veto ou com o aval da maioria. É nesse ponto que a crítica se torna essencial para seu trabalho porque ela molda as atitudes de quem se expõe e cria uma consequência. A consequência da crítica é que a define em ‘construtiva’ e ‘destrutiva’, sendo esta última um problema sério na sociedade mal educada de hoje, onde as pessoas nascem, crescem e morrem sem ter a noção do que é ‘tato’.
Em uma ilustração desse fenômeno, temos Galileu Galilei com sua teoria heliocêntrica versus a Igreja Católica, cuja opinião era (ou é, não vou entrar nesse perigoso detalhe), uma reflexão da sociedade da época, ou melhor, a palavra final e absoluta cujo não quase levou Galileu Galilei à forca e o fez desistir de seu propósito inicial. Nos tempo modernos temos como ilustração a mídia em geral, que saiu do seu papel simples e tímida de informante e de formadora de opiniões para uma fabricante poderosa destas, quase uma ditadora que controla a vida de atores, escritores, modelos, apresentadores, cantores , sempre emitindo a sua opinião, que nem sempre é o pensamento mais racional.
A Internet é prova disso. Enquanto na televisão temos apenas a visão de um determinado grupo, na net, me permitam, o bicho pega geral. Todo trabalho ou comentário de uma pessoa (e nem precisa ser mais famosa!), é avaliada e rebatida com uma crítica que varia de ácida, passando por irônica e descendo até a lama em que o ser humano se joga. O problema não é a emissão de opiniões em si, porque isso é ótimo. Mas as opiniões, e quem as escreve.
Se exemplicar é a melhor forma de se expressar, posso falar da (coitada!) Rebeca Black. Mais, posso falar de Justin Bieber, da banda Restart, de Lady Gaga, etc, etc. Não sou nenhum militante desses grupos e não estou qualificando a música de ninguém como boa ou ruim. Afinal, gosto é como...
O negócio é a forma de criticar que me espanta!
Dados para embasar minha teoria: das atuais 126.625.392 pessoas que já assistiram o videoclip “Friday”, de Rebeca Black, mais de 80% que votaram disseram que não gostaram do vídeo e muitas destas pessoas postaram mensagens “fofas” e “carinhosas” para desmerecer o trabalho de uma menina que tem vontade de fazer aquilo que faz.
Primeiro: não estou pedindo para que as pessoas modifiquem sua opinião em função de outra. Todos temos o livre arbítrio.
Segundo: em que raios o pessoal do Youtube estava pensando quando inventou essa barrinha de qualificação para dizerem se aprova ou reprova o vídeo? Para quê eu quero saber se as pessoas não gostam do meu trabalho?! Foda-se essa mídia que insere discórdia na comunidade...
Terceiro: que tipo de imbecil sem cérebro sente vontade de comentar tanta asneira e criticar de forma tão vil o  trabalho que as pessoas realizam com tanto esforço e dedicação?
E Rebeca é só mais um exemplo. Quantos outros já ouviram desaforo e outras formas de violência verbal? Por quê as pessoas são tão intolerantes e injustas?
Disse uma vez Cláudia Leitte em resposta às ofensas de uma garota no Twitter: "Pra quê tanta auto-afirmação e necessidade de desmerecer meu trabalho? Amai-vos, irmãos. Oremos!”
E eu acho que tenho a resposta para tanta irracionalidade, se é que se pode justificar uma idiotice dessas[a crítica destrutiva]. O ser humano sempre teve a necessidade de destaque na sociedade. Vaidade é algo ruim, se olharmos por esse ângulo, porque ela promove a competitividade nesse mundo capitalista e injusto. E como a internet abre portas para que as pessoas possam se expor e destacar, ocorre uma luta pela atenção dos demais e pela definição de uma personalidade superior às outras. Assim reflete-se na busca febril de seguidores e de amigos nas redes sociais, nas comunidades que dizem “Odeio esse e Odeio aquele”, nos comentários infames de pessoas que se agrupam para parecem maiores do que realmente são, e ainda com a vantagem do anonimato que garante que possam apontar as mazelas de outros e esconder as deles.
Dessa forma, esse tipo de crítica cresce pois dá uma falsa sensação de superioridade. Não é surpreendente quando uma pessoa critica de forma radical (e desnecessária) um trabalho que todos aprovam? Essa pessoa ganha destaque. Ela ganha atenção. E é aí que mora o perigo. Pois então todas as outras passam a criticar da mesma forma para conseguir dar mais brilho à sua triste existência. E assim nos tornamos mais humanos...
O meu objetivo, com toda essa dissertação, não é que você pare de dizer que gosta ou que não gosta de fulano, cicrano ou beltrano e que pare de emitir a sua opinião. É apenas alertar as pessoas que criticam destrutivamente que: para reprovar um trabalho e criticar de forma justa é necessário fazer melhor de quem é criticado. E nem isso, no mais das vezes, nos dá esse direito.
Vamos parar um pouco e pensar: em vez de criticar, dizendo que a obra de tal pessoa é um cocô, por que não sugerir uma forma de melhorar esse trabalho? Ou apoiar, mesmo que não goste. Isso não é mais bonito e (agora sim) humano? Amai-vos, pessoas. O mundo, mais do que nunca, está precisando de gente que tem a capacidade de amar e de compreender o próximo. Não seja um Zoilos da vida, que Bocage teve o prazer de calar com o talento que tinha. Não se humilhe dessa forma e entenda que palavras não vão subtrair o talento de ninguém.
 
 
 

IFBA - Instituto Federal de Impaciência, Falta de Educação e Hipocrisia


Já foi-se o tempo em que existiam alunos para aprender e professores para ensinar. Ou isso sempre foi apenas um conceito e não o concreto?
Engana-se você se pensa que nestas linhas irei me manifestar sobre o papel importante que o professor têm para os estudantes e sobre o pouco salário que ganham.
Sinceramente, essa ladainha não me comove mais.
Movido pela força da raiva e da indignação, venho através deste informar o quão pouco aprendo num local que foi projetado para fazer justamente o cposto. Aliás, perdoem-me, aprendo bastante, sim; a pôr os fins acima dos meios, a ser um robô formatado, a respeitar os que não o fazem por mim e a ser o que os outros projetam para mim.
E com essa atinjo em cheio a minha segunda casa. Especificamente esta , cujo nome está estampado no título desse post, seguido pelo nome que deveria ter. Diferente da maioria das pessoas que cegam com a cólera, eu vou utilizar esse momento colérico e de lucidez absoluta, antes que o torpor da sexta-feira e do comodismo me abata. Porém começar por onde nesse antro de erros e pessoas falhas?
Que tal pelos funcionários? Gentis, como sempre, atenciosos, estão ali para facilitar e melhorar a nossa vida transformando um lugar inseguro, um âmbito fora de nosso lar, no local mais aconchegante e habitável que possa haver.
E se você não entendeu a ironia das palavras anteriores é porque não conhece a realidade, que está sim, distante do ideal.
Hoje me deparei com cenas que se tornaram comuns no quartel onde estudo. Mas antes de declara-las vou situar vocês nesse ambiente complexo. O Instituto funciona nos três turnos, sendo que o primeiro e segundo ano estão reservados para a manhã, o terceiro para tarde e o quarto ano e os universitários, para noite. Pela manhã e pelo início da tarde os alunos (destes turnos, que esteja claro), são obrigados a entrar com o fardamento completo: camisa ou camiseta, sapato fechado e calça jeans. Mas quando a noite cai, surgem os universitários e sei lá quem mais, sem fardamento e passam pela entrada sem serem incomodados.
Vocês têm que concordar comigo: o pau que dá em Chico, dá-se em Francisco.
Ou usa-se a tão má falada farda ou nos liberam para virmos da maneira mais confortável que convir. É obvio que o problema de controle de pessoas que entram e que saem seria resolvido facilmente com a adoção de crachás, cartões, etc. Coisas que já foram até timidamente discutidas, mas que ficaram no tímido.
O que não dá certo é a indelicadeza com que os alunos são tratados quando vão da forma inconvencional. Perceberam que eu não digo “vão da forma proibida”? Justifico pelo simples fato de que nunca, pelo menos nos três anos que estudo lá, foi aplicada uma regra tradicional e constante em relação à isso. Então por que cobrar esse  tipo de coisa de uma hora pra outra e tirar do IFBA esse aspecto dinâmico e liberal, que pode parecer simples e bobo mas que influencia muito no comportamento dos alunos, e pra melhor? Independente da permissão ou não, ficar no chove e não molha é triste.
(A partir disto eu tiro duas conclusões: ou os fiscais sorteiam diariamente a forma de tratar do assunto ou todos são bipolares.)
Tudo bem se uma regra for instaurada, mas os que estão na cadeira de reitor e diretor têm que se lembrar que qualquer regra do estatuto tem que ser discutida com os alunos para que se entre em um acordo e não ocorra momentos desnecessários como os que acontecem diariamente.
Hoje um dos fiscais (vulgo Hitler, adivinhem o porquê), resolveu fazer mais uma vítima de suas ignorâncias, e me permitam, que pedaço de cavalo é aquele homem! Se fosse um vagabundo qualquer que vai pra escola traficar e vadiar, tudo bem. Mas uma aluna que está ali, na obrigação do dever, cumprindo seu papel como estudante, ser submetida a uma cena constrangedora daquelas, poupe-me. O pior é a falta de tato de todos eles.
Outra aluna estava chorando no corredor do pavilhão e o mesmo meliante se aproximou e disse que fosse “chorar em outro lugar que corredor não é lugar pra isso”... (?) Me surpreende como esse Instituto pôde contratar gente que não tem a menor noção de relação social saudável. Outras observações eu deixo a encargo de vocês.
Ah, lógico que não poderia faltar os nossos professores.
Só pra deixar bem claro, não são todos, é evidente que existem os bons profissionais que se importam (surpresa!) com o aprendizado do aluno, independente da forma de ensino. Porém se fossem muitos, esse post não seria necessário.
As formas de tratamento na relação professor-aluno é bem diferente, pelo menos onde eu estudo, das relações aluno-professor. O respeito geralmente sempre vêm em mão única. E vêm dos alunos para os professores. Calminha discentes e docentes, não são todos.
Esse problema não é exclusivamente contemporâneo, suas raízes são longas, fortes e profundas. Nessa unidade de sociologia estudamos as idéias de Durkheim sobre religião, trabalho e (tcharam), educação. E até ele sabe que as relações impostas na sala de aula são de medo e pseudosuperioridade por parte dos professores.
Estes estão mais preocupados em serem os mais severos e rígidos do que ensinar realmente. Sempre querendo que o aluno alcançe metas sem dar chances para tal. Sempre excessivamente críticos, insistentes, regras, regras, regras. Haja santa paciência. São poucas pessoas que dizem que sempre vão pra escola com máxima alegria, mas quem diz que odeia segunda-feira e aula ainda é a maioria.
Pessoinhas, devemos deixar de ter esse espírito tão burocrático e autoflagelante, em busca do mais, do dez,  contando os décimos para ser o melhor, ser o mais rígido, o mais temeroso, o mais bonitinho e uniformizado. O Ser humano é a única espécie que possui o dom da dinâmica mas que adora vetar esse instinto. Sabem o que eu quero, afinal? Ser levado a sério, com respeito, o mesmo respeito com que trato TODOS, sem distinção.
Professores, concentrem-se em ENSINAR os seus alunos, mesmo que isso ultrapasse datas previstas, calendários, unidades. Facilite a nossa vida, melhor, retire as dificuldades e as barreiras desnecessárias. Mostre que você é um educador de verdade e faça valer aquela máxima, típica de todo professor: "eu estou aqui também para aprender."
Apenas pra finalizar, um recado para os pseudomestres: se eu vou para a aula é porque eu sou esforçado, sim. Faltar aula sua seria uma tarefa muito fácil se eu quisesse fazê-la. Mas eu sempre opto pelo que vai me acrescentar. Outra, não nos substime nem fique nos testando, se estamos aí não devemos a você mas ao nosso próprio esforço. É mérito.

Durma com um barulho desses.

We are fucked, we are sucked...




O que você já sabe, sobre uma coisa que você não precisa...)

Alguma vez uma pessoa próxima de você já traiu sua confiança? Não é uma coisa boa, suponho, ver que as perspectivas que você tinha em relação à ela estavam todas erradas. É desagradável tanto pela traição quanto por ela ter feito de você um idiota.
E para aqueles que já pasaram por uma situação semelhante e ficam dizendo para si mesmos que nunca vão cair novamente na história da carochinha, é melhor pensar de novo.

Desculpem dizer , mas todos nós somos otários.

“João é uma pessoa trabalhadora. Desde cedo investiu, na medida do possível, nos estudos. Seus pais não possuíam muito dinheiro mas fizeram de tudo para proporcionar uma boa educação, o que futuramente foi decisivo para a conquista de um bom emprego. Então João melhorou de vida e pôde dar mais conforto para seus pais. Não se tornou uma pessoa muito rica, mas como fruto do trabalho árduo conquistou uma casinha muito bonita, de valor relevante. Porém João precisava de uma pessoa para auxiliar na administração das finanças. Ele queria vender sua antiga casinha para poder dar entrada em um carro. Em suma, precisava de alguém para cuidar de toda a venda. Foi aí que João errou.
João contratou um homem que ele não conhecia. Nunca tinha ouvido falar dele, nem de trabalhos anteriores, da família, nenhum antecedente. João tinha o visto apenas na televisão, quando divulgava seu trabalho como contador, corretor, etc, etc... Por convenção vamos chamá-lo de Dr. Fulano.
Dr. Fulano nunca teve uma conversa direta com João e eles nunca haviam se encontrado pessoalmente, trocaram umas poucas palavras sobre o assunto e fechou-se o contrato. João apenas entregou o patrimônio que havia conquistado com tanto esforço, aos cuidados de Dr. Fulano, para que ele calculasse o valor bruto do imóvel e realizasse a venda. O valor do salário ficaria a encargo de Dr. Fulano; ele diria o quanto valeria seu trabalho e retiraria diretamente do valor da venda, ficando de repassar o restante para João. Custos adicionais pelo trabalho deveriam ser retirados diretamente desse capital, sem influência ou opinião do real proprietário da casa. A única participação de João em todo esse trabalho se resumia então à escolha do estranho profissional que ele viu pela tv e que terceiros haviam indicado e ao recebimento do valor da venda. Nada mais.
O que ocorreu a seguir já era previsível. Dr. Fulano não soube gerenciar o patrimônio de João, impôs um alto  salário, realizou gastos desnecessários e realizou um péssimo negócio. Ao final, João recebeu o equivalente à metade da metade do que deveria receber pela venda da casa. Ele reclamou, óbvio, mas já não havia mais nada a ser feito. O dinheiro já havia sido gasto, a casa já tinha sido vendida e Dr. Fulano estava inacessível. Aliás, João não sabia onde encontrá-lo e por mais que reclamasse ninguém poderia ou queria providenciar alguma mudança.
A história termina com João pobre novamente, enganado, traído.
E do Dr. Fulano? Nunca mais ouviu-se falar dele.”

Você pode chamar isso de CALOTE, mas eu chamo isso de POLÍTICA.