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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

We are fucked, we are sucked...




O que você já sabe, sobre uma coisa que você não precisa...)

Alguma vez uma pessoa próxima de você já traiu sua confiança? Não é uma coisa boa, suponho, ver que as perspectivas que você tinha em relação à ela estavam todas erradas. É desagradável tanto pela traição quanto por ela ter feito de você um idiota.
E para aqueles que já pasaram por uma situação semelhante e ficam dizendo para si mesmos que nunca vão cair novamente na história da carochinha, é melhor pensar de novo.

Desculpem dizer , mas todos nós somos otários.

“João é uma pessoa trabalhadora. Desde cedo investiu, na medida do possível, nos estudos. Seus pais não possuíam muito dinheiro mas fizeram de tudo para proporcionar uma boa educação, o que futuramente foi decisivo para a conquista de um bom emprego. Então João melhorou de vida e pôde dar mais conforto para seus pais. Não se tornou uma pessoa muito rica, mas como fruto do trabalho árduo conquistou uma casinha muito bonita, de valor relevante. Porém João precisava de uma pessoa para auxiliar na administração das finanças. Ele queria vender sua antiga casinha para poder dar entrada em um carro. Em suma, precisava de alguém para cuidar de toda a venda. Foi aí que João errou.
João contratou um homem que ele não conhecia. Nunca tinha ouvido falar dele, nem de trabalhos anteriores, da família, nenhum antecedente. João tinha o visto apenas na televisão, quando divulgava seu trabalho como contador, corretor, etc, etc... Por convenção vamos chamá-lo de Dr. Fulano.
Dr. Fulano nunca teve uma conversa direta com João e eles nunca haviam se encontrado pessoalmente, trocaram umas poucas palavras sobre o assunto e fechou-se o contrato. João apenas entregou o patrimônio que havia conquistado com tanto esforço, aos cuidados de Dr. Fulano, para que ele calculasse o valor bruto do imóvel e realizasse a venda. O valor do salário ficaria a encargo de Dr. Fulano; ele diria o quanto valeria seu trabalho e retiraria diretamente do valor da venda, ficando de repassar o restante para João. Custos adicionais pelo trabalho deveriam ser retirados diretamente desse capital, sem influência ou opinião do real proprietário da casa. A única participação de João em todo esse trabalho se resumia então à escolha do estranho profissional que ele viu pela tv e que terceiros haviam indicado e ao recebimento do valor da venda. Nada mais.
O que ocorreu a seguir já era previsível. Dr. Fulano não soube gerenciar o patrimônio de João, impôs um alto  salário, realizou gastos desnecessários e realizou um péssimo negócio. Ao final, João recebeu o equivalente à metade da metade do que deveria receber pela venda da casa. Ele reclamou, óbvio, mas já não havia mais nada a ser feito. O dinheiro já havia sido gasto, a casa já tinha sido vendida e Dr. Fulano estava inacessível. Aliás, João não sabia onde encontrá-lo e por mais que reclamasse ninguém poderia ou queria providenciar alguma mudança.
A história termina com João pobre novamente, enganado, traído.
E do Dr. Fulano? Nunca mais ouviu-se falar dele.”

Você pode chamar isso de CALOTE, mas eu chamo isso de POLÍTICA.

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