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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Todas as emoções possíveis...


A gente dá muita cabeçada até entender como as coisas funcionam. Tem gente que na primeira já acorda. Alguns, como eu, precisam ter quase um pedaço da cabeça arrancado para começar a ter a exata compreensão das coisas.




Eu tenho o costume de sofrer muito por esperar dos outros uma atitude que não vem. Pode ser da mãe, do pai, do amigo, do colega de trabalho, dos filhos, do mosquito que faz barulho chato no ouvido no meio da noite. Eu espero porque eu faço. Me dou de bandeja, mas nem sempre consigo me perdoar. E preciso entender que as coisas não vão ser como eu quero.



Sempre acreditei que a vida era bonita – e ela é. Mas a vida é difícil porque as relações são difíceis. Uma pessoa não é igual a outra. Cada um tem sua história. Cada um faz a sua história. Eu tenho a minha personalidade, você tem a sua. Eu cedo, você cede. E existem também aqueles que nunca querem ceder e pensam que estão sempre certos. Existem diversos tipos de criaturas no mundo e, acredite, é você que escolhe quem quer ter ao lado.


Fiz muitas escolhas. A maioria, hoje percebo, foram corretas. Existe um momento, que é mágico, em que você precisa decidir se corre ou se fica. Normalmente, escolho ficar. Hoje eu vejo claramente. Em todas as vezes, assumo sem pudor, a minha vontade era de correr. Mas eu fiquei. Até onde eu conseguia, fiquei. Quando não dava mais eu pulava fora. E falo isso de todas as situações que vivi. Por isso, sou muito corajosa. Teve gente que já duvidou dessa minha força, mas eu enfrento o que vem pela frente, sim. Se uma coisa é importante para mim eu vou até o fim, mesmo que o mundo me diga para não continuar.



Nunca entrei no Clube Da Maria Vai Com As Outras. Sempre tive uma opinião consistente, um gênio fortíssimo. Não gosto nem desgosto disso, apenas convivo e me aceito. Entendi que preciso me aceitar mais sem querer buscar coisas que nunca vou ser. Evoluir é importante, mas aceitar quem somos é essencial.



Insisto nas escolhas. Você escolhe a vida que quer. Você escolhe as pessoas que quer. Você escolhe o futuro que quer. Eu escolhi o meu. Descobri, aos 33/34 anos, que a vida não é cor de rosa nem rosa choque. Nem rosa bebê. Nem rosa antigo. A vida tem muitas cores e, definitivamente, não é um conto de fadas. De vez em quando ela é desenho, musical, comédia, drama, ficção científica, suspense, animação, terror. E quer saber? Ainda bem. Sempre gostei de viver todas as emoções possíveis.

Nossos medos D.G.A



Fiquei surpresa com a sua revelação. Fez bem para o meu ego, não nego, mas me surpreendi. Fazia tempo que não falava com você sobre as coisas da vida, passado, presente, futuro. Conversávamos tanto antigamente. Hoje em dia somos dois desconhecidos que um dia tiveram alguma coisa. Acima de tudo, sempre gostei de falar para você da minha dificuldade de compreender o mundo como ele é. Nós dois sabemos que espero demais das pessoas. Por que será que sou assim? Hoje você disse uma coisa que achei bonita: "você espera demais dos outros porque tem um coração puro, que de tão puro sofre". É, eu sofro.

Às vezes lembro de um trecho do Caio Fernando Abreu, no livro de Cartas, que diz mais ou menos assim: os escritores são as criaturas mais estranhas do mundo, não sabem viver o real, procuram sempre um drama, algo para sofrer e depois sentam e escrevem belos textos literários. Eu sempre fui dramática, desde pequeninha a veia Maria do Bairro me acompanha. Meus dramas são intensos, minhas paixões são intensas, minhas alegrias são imensas. Não sou nada racional, vivo de acordo com o que meu coração diz, com o que meu sentimento grita. Pago caro, mas sei que tudo tem seu preço.

Gostei de saber que você perdeu o medo. Eu também perdi, demorou, mas perdi. Nós tínhamos em comum o medo da entrega. Por isso, nos distraíamos com amores passageiros. No final das contas o vazio nos atingia. Juntos, descobrimos que o medo sempre precisa ser vencido. Separados, vencemos nossos temores, cada um da sua forma, no seu tempo. Acho que a vida coloca pessoas nas nossas vidas por alguns motivos. Com você, aprendi que tudo precisa ter limite.

Acho graça quando você fala aquelas coisas. Você me vê de um jeito que não consigo entender. Me acha mais bonita do que realmente sou. Me acha mais inteligente do que sou. Me acha mais forte do que sou. Me acha mais incrível do que sou. Desculpa, não quero te decepcionar, mas não sou tudo isso. Sei que você conhece meus defeitos, minhas falhas. Mas não entendo como essas coisas não te abandonaram com o passar dos anos. Fico rindo quando você fala que tenho cara de boneca, que meu nariz é perfeito, que minha boca é perfeita, que meus olhos são perfeitos, que meu rosto é todo belo. Não acho tudo isso, falo sério. Não sou essa belezura toda, não sei da onde você tira essas ideias malucas. E, pelo amor de Deus, não sei de tudo, eu tenho minhas limitações, não sou essa inteligência e esperteza toda. Eu conto nos dedos e uso calculadora. Não sei onde fica a Guiana Francesa. Não entendo nada de política. Sempre me embanano no horário de verão, nunca sei se adianto ou atraso o relógio. Também fico pensando "ih, agora nem são 22:31, são 21:31", penso com o horário antigo. Não sou forte o tempo inteiro e não gosto de admitir isso, então não espalha. Eu sou fraca às vezes. Muitas vezes. Sou frágil e estou frágil agora.Ten ho passado momentos não tão incríveis, não tão legais. Sei que vou superar, mas nem sempre acho força, então me fecho. Não quero ajuda de ninguém, sou uma filha da puta orgulhosa que não sabe pedir colo, quero que adivinhem. E eu preciso muito agora de alguma ajuda, uma mão na cabeça, alguém que esteja ao meu lado. Luto contra um ego chato, que muitas vezes me passa a perna. Tem dias que me acho o máximo, em outros me acho um lixo. Mas sei que mulheres são assim.

Estou numa fase de descobertas e de alguma fraqueza. Tenho sido muito dura comigo mesma, preciso relaxar um pouco. Tenho esperado demais dos outros. Tenho sentido falta de amor, de atenção. E é engraçado, tenho recebido tantas cantadas na rua. Sabe aquelas fases em que você está meio pra baixo e parece que o mundo te vê lá em cima? Recebo cantada na rua, mas você sabe que sou braba e faço gestos obscenos. Dia desses, fui pedida em casamento (de novo!) por e-mail. Me divirto com isso. Do nada, pessoas que já passaram pela minha vida ressurgem querendo retomar coisas que nunca vão voltar. Tem também as pessoas sem noção que convidam para sair ou os mais diretos que já vão direto ao ponto e falam coisas que tenho até vergonha de contar. E teve você, que me fez essa revelação hoje.

Te agradeço, de coração. Achei bonito mesmo. Sei que tudo vai ficar bem, sempre fica. Na minha vida as coisas sempre ficam bem. É que antes de ficarem bem eu fico vagando pela rua. Meu coração fica perdido num beco escuro, vazio, sem ninguém. É assim que me sinto com essa maldita síndrome do pânico. Não tem coisa mais chata do que isso. Eu gostava tanto de ser eu. Agora, vivo com medo. Me sinto tão pequena. Pior do que isso: me sinto tão sozinha. Sabe quando você carrega umas coisas nas costas e não tem ninguém para dividir o peso? Me sinto assim. Tem minha mãe, sempre ela. Fica do lado, ajuda. Mas ela tem a vida dela. Fico pensando: e quando ela for embora? Porque ela vai se mudar, vai ser eu e eu. Mas você tem razão, eu vou superar. Obrigada. Foi bom te encontrar de novo. Muita sorte nessa vida nova e que você nunca mais tenha medo. Torce para que eu nunca mais tenha também.


Coisas que só a gente sente



Tem coisa que não sei explicar direito. Ou então, talvez seja esse o caso, não sei me fazer entender muito bem. É que acho que a gente não precisa pedir atenção. Sinceramente, é isso que eu acho. Atenção é grátis, cuidado idem, carinho também entra nesse pacote. A gente gosta de alguém, então cuida da pessoa, se preocupa, quer o bem, ouve, dá afeto e fica tudo numa boa. Se moram longe ou se encontram distantes temporariamente, mesma coisa. Nos poucos minutos que você conversa com a pessoa, a atenção deve ser voltada para ela. Sabe aquela história de exclusividade? Isso mesmo.
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Não gosto quando não prestam atenção no que digo. Acho que soa descaso. Também acho que é uma espécie de descaso saber que alguma coisa vai errada e fingir que tudo está perfeitamente em ordem. Costumo falar o que sinto. É claro que quando a gente fala acaba ouvindo. Mas as pessoas precisam se colocar nos dois lados da história. Atualmente, todo mundo só olha para si mesmo. Cadê o outro? Cadê?
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Costumo priorizar quem é importante na minha vida. Não sei se isso é erro ou acerto, sei que faço. Dou o meu lugar, faço sacrifício, faço o que não gosto. É claro que não me traio. Mas você entende o que quero dizer? Priorizo quem vale a pena. Daí, vez ou outra, a frustração bate na porta. Será que em algum momento sou mesmo prioridade? Desculpa, é que a gente sem querer espera. Somos bichos, humanos, damos amor e esperamos amor de volta. Entende? Se a pessoa que eu gosto está passando por uma situação delicada ou um momento difícil, vou ficar ao lado dela. Mesmo que o meu trabalho seja importante, mesmo que o Papa venha falar comigo. Não vou arredar o pé. Mas se por acaso eu precise mesmo, absurdamente, desesperadamente sair de perto dela, tudo bem. Vou me fazer presente de todas as formas. Não vou virar as costas, afinal de contas, o outro necessita de mim. Mas se for preciso sair de perto, vou me esforçar de todas as formas para o outro se sentir seguro.
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Sempre tive uma teoria: tempo é uma coisa que a gente arruma. A gente adianta o relógio, faz qualquer coisa. Ainda mais quando isso envolve quem a gente gosta. Imagina, se você está com a pessoa, você quer que aquele momento seja ótimo, seja bom, seja gostoso. O problema é quando você usa o tempo para nada. Ao invés de estar junto, acaba ficando mais distante ainda. Não, eu não sou romântica demais. Por sinal, acho que dia a dia perco um pouco do romantismo. Só me preocupo com o bem-estar do outro, com o que vai dentro dele. Sentimento é uma coisa importante, precisa de cuidados especiais. Não dá pra jogar para o universo, a gente precisa tomar conta como se fosse um filhotinho de cachorro, delicado, pequeno, frágil. Mas talvez só eu pense dessa forma.


Quando o sol aparecer!



Ando um pouco carente. Talvez eu tenha me convencido que não preciso ser um rochedo todo o tempo. Fortalezas também cansam, precisam de um tempo. A gente é tão pequeno, tão frágil. Nascemos tão puros, vamos nos perdendo da nossa essência aos poucos. A vida vai nos sujando, vamos colocando o pé na lama e afundando.

Uma descrença anda entalada na minha garganta. Me arranha, dói, incomoda. Não sei se ainda posso acreditar. E eu quero, meu Deus, eu quero desesperadamente acreditar que as pessoas fazem merda e se arrependem. Quero acreditar que as coisas não morrem e que, sim, são eternas e bonitas.

Ando um pouco cansada. Das pessoas. De gente que não cresce. Dos que não sabem olhar para a frente e caminhar com as próprias pernas. Às vezes meus joelhos tremem, meus pés ficam cansados, mas sigo andando. Tem gente que não consegue. Por esses não consigo ter a menor admiração.

Uma desilusão sacode os vidros das minhas janelas e me lembram que não posso abraçar o mundo, não posso levar quem eu gosto nas costas. As pessoas precisam, sim, aprender sozinhas. A gente pode aprender pelo amor ou pela dor. E eu insisto: para crescer tem que doer. A gente precisa sentir aquele gosto amargo na boca para amadurecer. A gente precisa ralar o joelho, tropeçar no sonho, estragar toda a maquiagem, torcer o pé, ficar cheinho de hematomas para valorizar o que efetivamente tem valor. E o que, afinal, tem valor? Essa resposta só você pode dar para você mesmo. De preferência, quando estiver a sós com suas muitas faces.

Ando precisando de amor, carinho, atenção e cuidado. Se você não tem tempo ou seu estômago não permite tamanhas emoções, saia da minha vida. De verdade, saia. Porque eu sou assim, tenho esse meu jeito, tenho lá meus defeitos, mas a vida me encanta. E eu gosto de viver encantada por ela. A gente vive assim, nesse estágio de completa bobeira, lágrimas em filmes de romance, simplicidade, sentimentalismos baratos. E eles me saem muito caro. Se você não consegue suportar tudo que eu carrego comigo, tenha a delicadeza de sair de fininho. Não faça esparro nem grite comigo, gosto de quem fala sem se alterar.

Uma verdade grita dentro de mim: tem vezes que sinto vontade de colocar o pé na estrada. Arrumar as malas, sair correndo do meu corpo, não deixar bilhete nem levar o celular. Ficar perdida de mim mesma, me demitir, terminar tudo, pedir a separação. Então lembro que não posso, que todo mundo leva seu azedume, sua mágoa, seu temor. E tento encarar os meus. É que nem sempre é fácil pra mim. Na verdade, tem sido bem difícil. Não sei lidar com perdas nem com doença. Não consigo encarar esse tipo de coisa. Na verdade, morro de medo. Morro de medo da morte, morro de medo de câncer, morro de medo de doenças do coração, morro de medo de diabetes, morro de medo de coisas que a gente não tem domínio, controle. Mas se Deus sabe o que faz, o sol vai voltar a brilhar para a minha avó. Então, vou me convencer de que não perdi ela para uma vida que, tenho certeza, ela jamais pensou que teria.

O que eu não aceito!!!




Quando alguém é meu amigo eu faço o impossível para ver a pessoa bem. Se eu gosto tomo as dores, embarco em indiadas, dou um jeito de fazer com que tudo fique numa boa, nem que seja ouvindo e dando o ombro. Mas, por favor, nunca minta para mim. Quem mente perde completamente a minha confiança.

Procuro ser uma pessoa justa. E, confesso, meu lado bonzinho fica encostado no lado babaca. Em outras palavras: às vezes sou burra ao invés de boa. Se tem uma coisa que detesto é me sentir enrolada. Me preocupo a fundo com os outros, por isso não curto pequenas mentiras e desonestidade. Pena que tem gente que não enxerga isso.

Muitos se acham donos da verdade, dizem que fazem e acontecem, aparentam ser uma coisa que não são. Tem gente que adora inventar a vida, contar vantagem e semi-lorotas-brabas, florear a realidade e brincar de autor de novela. Tem coisa que é surreal. Tem coisa que é irreal. Tem coisa que foge completamente dos padrões normais. Agora você me pergunta: existe essa coisa de normalidade? Claro que não. Minha vida muitas vezes é uma novela mexicana, em outras tantas vira caso de política. Mas eu não minto, não enrolo, não me faço de louca e não tomo ácido.

Não sei fingir. Abraço minhas vontades, mesmo que a minha cara fique roxa de tanto apanhar. Cumpro minhas promessas, mesmo que me doa. Não brinco com os outros para me distrair, tampouco dou uma de boa samaritana para depois me esconder atrás da moita. Isso não. Por isso, digo e repito: gosto de gente de verdade. Se você é assim, por favor, senta aqui e vamos tomar uma birita.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Metamorfose


"É quando as escolhas nos são oferecidas 
que nos sentamos com os deuses  e nos reinventamos".
(Dorothy Gilman)

Conversando com um amigo D.G.A, trocando confidências, cada um falando um pouquinho de si para o outro e de repente, enquanto eu falava, foi como se tivesse sido atingida por um raio! Uma onda de consciência me invadiu e mexeu comigo por inteira, do dedinho do pé ao âmago de minha alma. Num momento: o insight. E foi como se daquele segundo em diante eu pulasse de oradora a ouvinte de mim mesma, da minha própria história, do que eu dizia sobre mim e sobre a minha vida para ele. 
O papo terminou, me despedi do meu amigo e continuei mergulhada nesse papo interior pra lá de interessante. Embevecida, ouvindo "ela" falar. E a voz na minha mente recontava as minhas próprias histórias de um jeito que eu nunca tinha ouvido, nem visto, nem percebido, muito menos me dado conta.
E ela continuava me analisando em seu divã... "A história da sua vida até agora simplesmente não bate, não tem nada a ver, não combina com você, com quem você é de verdade, com a mulher que mora aí dentro, minha amada". E eu soube e senti que meu destino (um novo destino) estava sendo escrito/traçado/escolhido ali, naquele exato momento, uma espécie de reinvenção, uma metamorfose.
"Essa que chora, que sofre, que se arrasta triste como a carregar correntes imaginárias pela vida... Essa, minha querida, decididamente não é VOCÊ! Delete-a, transforme-se, mude, faça diferente, invente, reinvente-se. Seja você mesma a pessoa da sua vida. 
Deixe o curso da vida fluir... na sua casa, no seu corpo, na sua mente, no seu espírito, no seu coração e em tudo aquilo que diz respeito a você. Abandone o passado, despeça-se do que passou. Abra espaço para o novo, o belo, o ainda não visto e vivido acontecer em sua vida. Alegre-se catalogando e sonhando com o que virá. Envolva-se com tudo aquilo que você deseja, sonha e quer de verdade para sua vida daqui pra frente.
O que verdadeiramente vale a pena permanecerá com você, acompanhará suas mudanças interiores, ficará ao seu lado. Se você escolhe viver feliz e com amor, a felicidade e o amor se farão presentes... inevitavelmente. É a lei da Vida, do Universo, do Amor, de Deus, da Fé (não importa o nome que você der). É assim que tudo funciona.
Não viva tão presa, rígida, inconformada, cansada. Liberte-se do que pesa, da dor, de tudo que for cinza, frio e tiver gosto de amargo para você. Simplesmente solte, deixe ir. Amor de verdade não é sinônimo de lágrimas e solidão. Nunca foi. O amor é uma escolha. Sofrer também é. Você é quem escolhe o que vale a pena na sua vida. Brinque, dance, voe, grite, ame, seja feliz! Por você e para você! SEMPRE
Permita-se respirar, sentir-se viva, aliviada e em paz. Chega de colecionar tristezas, pensar no que não deu certo. Enterre o passado, pois o que passou não volta mais. Não dá para voltar no tempo e consertar o que se fez ou deixou de fazer. Não há como ter certeza de que isso ou aquilo seria o certo ou o errado. Nada que nos acontece é obra do acaso. O acaso não existe.
Lembre-se: cada novo dia é uma página em branco pronta para ser escrita. Escreva uma história nova, linda e diferente para a sua vida, todos os dias. Uma história alegre e bonita, que a faça querer viver mais, que valha a pena ser escrita e realmente vivida. E faça sempre da felicidade a sua opção, a única".

Quereres....


O que você quer da sua vida? Confesso que quase nunca sei o que responder. Parece que meus quereres me enganam. As vezes sinto que quero coisas que eu mesma inventei que precisava. Coisas que os outros querem, que as pessoas ao meu redor tem, que o mundo inteiro diz que é a lei natural da vida e que eu deveria querer, ter, desejar, ansiar por possuir, me esforçar por conseguir...
Então as vezes eu caio na loucura de me convencer de que se todo mundo quer, eu também devo querer (não devo?) e precisar. Aí eu tento me encaixar, me enquadrar, padronizar os meus desejos e a mim mesma para ter a vida que todo mundo tem. Pelo menos o todo mundo que passa pelo meu quadrante de vida.
E é engraçado me ver nessas situações. Quer dizer, na hora não é nada engraçado. Na verdade, me sinto patética quando deveria me sentir feliz, satisfeita, realizada. E obviamente, minhas incursões e tentativas de viver uma vida que não tem nada a ver comigo são um verdadeiro desastre, como não poderia deixar de ser.
A verdade é que eu só consigo ser quem eu sou, querer o que quero mesmo e ponto final! É isso e acabou. Sei que tem muita gente boa por aí que poderia até ganhar um Oscar pela bela atuação, por ser capaz de enganar a si mesmo e a todos por incontáveis anos. Eu também sou muito boa atriz quando quero, mas... e a felicidade da gente, como que fica? Será que vale a pena viver enganando a si mesmo, negando-se os próprios desejos? Nunca vale a pena, por ninguém e por coisa alguma. E essa é a minha resposta mais sincera, de coração e por experiência.
Balzaquiana, solteira, sozinha, com 2 filhos, independente. Essa sou eu. É assim que me reconheço, é tudo que sei ser hoje, ontem e há muito tempo. Talvez seja  estranho para uns, incompreensível para outros, mas é seguro e confortável para mim. Por enquanto é tudo que sei de mim, é como consigo e gosto de viver e me reconhecer.
As vezes busco outras coisas, visto outras roupas, tento precisar de coisas e pessoas que no fundo não me interessariam jamais. Tudo teatro, esforço, encenação. A cortina fecha e eu aplaudo incrédula minha mais nova atuação. Mas no fundo eu só quero tirar logo a maquiagem e voltar à cena da minha realidade. Pode ter sido lindo, bonitinho, perfeito... mas não era eu, não era meu... nada tinha a ver comigo e então eu viro as costas, vou embora, desço do palco, saio de cena. Eu me demito. 
Vou agora viver minha vida do jeito que sou, do jeito que quero e gosto de ser. Não quero ter de mudar, me adaptar, me reformar, ser alguém que eu não consiga me entusiasmar de ser, me encantar, admirar. Eu posso estar sozinha, não ter ninguém, andando por aí de mãos dadas com a solidão... mas poxa! Não é ruim, não é vazio, não é nada daquilo que as pessoas tanto temem nem tudo aquilo que dizem ser. 
Eu escolho a solidão porque para mim ela não é nem nunca foi um bicho-papão. Ela é o meu lugar de equilíbrio, a minha fortaleza, a minha salvação. É onde encontro e estudo os meus mistérios, onde consigo ficar mais linda do que já sou. Onde me alegro, choro, me recupero, me transformo. É um lugar de silêncios e que só toca as músicas que eu amo. Um lugar preenchido com os meus sussurros, as minhas orações, onde escrevo meus diários secretos.
Sinceramente, hoje, agora, nesse exato momento, não faço a mínima ideia daquilo que eu quero ou do que vou fazer daqui a 2 anos ou 2 horas. Não sei de nada e o pior (ou melhor) é que também nem quero saber. A única coisa que sei é que quero ficar bem e me sentir feliz. Esses são os meus quereres.

De mãos dadas com a solidão!!


Hoje uma pessoa muito especial conversou comigo e me contou um pedacinho de sua história de vida, tão cheia de gente, mas repleta de solidão. E embora sorrisse, olhando bem em seus olhos e ouvindo cada uma de suas palavras, eu podia ver uma tristeza que não lhe cabia mais, algo muito pesado de se carregar e que não deveria fazer parte de alguém tão bonito assim. E isso me fez pensar muito sobre a solidão. 
Acho que solidão nem sempre é uma coisa ruim, as vezes se faz até necessária e é bem-vinda. É como se a alma da gente precisasse uma hora ou outra de um pouco de exílio para poder se reencontrar consigo mesma, saber quem a gente é de verdade naquele momento, conhecer aquilo que agora queremos, porque vivemos em constante mudança e aquilo que serviu ontem e achávamos lindo, divino e maravilhoso, hoje pode não se encaixar direito na gente, do nosso lado, dentro da nossa vida e simplesmente não ter mais nada a ver. Afinal de contas, somos seres mutáveis e os nossos desejos também. Podemos até calá-los, emudecê-los por um longo tempo, mas de um forma ou de outra, nossos desejos sempre permanecem vivos e um belo dia retornam à superfície.
Mas existe um tipo de solidão que realmente nos machuca o tempo todo do mesmo jeito que faria um espinho inflamado no pé. É a solidão a dois, a três, a quatro, é aquele sentir-se sozinho mesmo cercado por uma multidão. É quando a gente sente que ninguém nos conhece realmente, nem compartilha dos nossos sonhos, das nossas verdadeiras alegrias e desejos, mesmo aquela pessoa com a qual dividimos a mesma casa, o carro, o quarto, a cama. É quando ninguém sabe nem quer saber quem somos nós de verdade, o que nos faz amar, o que nos encanta ou atormenta, quem são nossos temidos monstros e nossos queridos heróis.
É quando se está casado ou namorando, mas na prática, acaba fazendo isso sozinho. É quando se ama em carreira solo, é o ter sem ter de verdade, é procurar um sentimento quentinho e só achar o frio congelante como resposta do outro.
Como se o amor fosse um barquinho que só sai do lugar porque você está ali, remando com todas as suas forças solitariamente, enquanto o outro, deitado numa boa e nem aí pra nada, masca uma folhinha no maior relax apreciando a paisagem. É lutar sozinho, é ser um guerreiro solitário numa batalha que era sua e dele também.
Solidão nasce cedo quando a gente difere demais do restante da família, quando a gente é do tipo tão diferente que chega a incomodar. É ser o ovo estranho no ninho, um alienígena, um fora de contexto. Não partilhar dos mesmos gostos, dos mesmos interesses, é nunca baixar a cabeça para as imposições que dizem "na nossa família é assim!". É ser a ovelha desgarrada, é entender sem que ninguém precise falar, que ali não é lugar pra você. É ser persona non grata. É ter como única certeza na vida a de não poder contar com ninguém, a não ser com você mesmo.
E o pior é que essa solidão pode ser a nossa única e mais leal companheira pelo caminho de uma vida inteira se assim permitirmos. Mas o mais importante a saber (e também mais difícil de se compreender) é que a solidão nada mais é do que uma condição. Embora triste, pesada, temida e com poderes de vida e morte sobre nós, é dela (e somente dela) que podemos retirar, receber ou fabricar uma nova e desconhecida saída ou reviver eternamente os velhos martírios de nossa vida. E você aí, quietinho, lendo, já decidiu o que pretende fazer com a sua solidão?

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Há, o tempo!




Hoje bateu aquela nostalgia, relembrar velhos momentos, momentos de quando éramos crianças, de quando brincávamos na rua, ou de quando ainda namorávamos escondidos dos pais. E quem não queria voltar no tempo? Talvez, quem sabe, voltar a ser criança e experimentar coisas novas? Ou voltando um pouco menos, rever aquele amor, um amigo, um primo, um tio, um ser qualquer que ficou esquecido, mas que de vez em quando nossa memória (nos trai e) os traz de volta?
Pois é o tempo não volta, não volta mesmo, infelizmente.
E não dá pra querer fazer coisas que fazíamos há algumas épocas atrás, cada coisa tem seu momento certo.
Quintana já nos lembrava a respeito do Tempo:
“A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.”

”Tempo,
Coisa que acaba de deixar a querida leitora um pouco mais velha ao chegar ao fim desta linha.”

D.G.A DREAM



Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre.

sábado, 5 de maio de 2012

Não confunda romantismo com carência afetiva.

Não é querer ser machista, não é querer acabar com o romantismo. Não é ser alguém mal amado. Não é isso. Mas eu vejo tanto cara por aí querendo ser um bom homem, um cara pra casar, um homem legal, com a melhor das intenções, claro isso é certo, é totalmente certo, não estou incentivando para ser um canalha, ladrão e estelionatário. Mas é preciso saber equilibrar as coisas. Tenho um amigo que no Facebook só posta coisas românticas, 'Sou pra casar e blábláblá', tudo bem dizer isso, e quando ele vê os comentários das elefantas dizendo: "Ai Fulano que lindo... eu queria ter um homem como você..." Ele praticamente se derrete e quem sabe se masturba pensando nela, enquanto ela está definitivamente de quatro no meu quarto, quase na terceira rodada....

Homens, pelo amor de Deus, eu não sou ninguém pra dar um conselho, sou só mais um canalha, talvez mais digno e legal, mas não posso dizer nada. Mas por favor saibam equilibrar as coisas.... Flores? Claro, Uma vez a cada três meses.... mas saiba ser ao mesmo tempo provocante, estilo cafajeste, que de vez em quando olha para outras e diz: "Humm amor aquela seria perfeita para mim e você na mesma cama..." Ela até vai ficar putinha, mas no fundo vai te ver como um homem de verdade... seja misterioso, não fale muito de si, aprendi isso na marra. Seja indiferente e distante em alguns momentos e avassalador e quente em outros, alterne os pólos. Seja um espelho... se ela se distanciar, se distancie, se ela querer te manipular, finja que está caindo e quando ela menos espera, puxe seu tapete. Não crie problemas, dê risadas, não discuta.... não ligue toda santa hora... deixa ela sair, se ela quiser te trair, ninguém vai impedir, ninguém mandou não escolher outra, a culpa é sua e totalmente sua, não adianta querer pegar a .38 do seu pai e querer matá-lo e pior matá-la também, isso sim é atitude de chifrudo. Seja homem. Seja romântico sim, muito, mas na hora certa e mais nas atitudes, mas jamais seja meloso, jamais, e procure não chorar, ainda mais na frente dela, elas odeiam ver nossas fraquezas demasiadamente. E quando você ouvir que ela quer um cara romântico, sincero, educado, honesto, em partes é verdade eu disse em 'partes'. Na verdade esse é o perfil ideal dela segundo seus objetivos egoístas, na verdade ela nem sabe o que está falando, sabe o que ela quer? Um homem que a faça se molhar inteirinha, que todas queiram ele ao mesmo tempo, mas que escolhe você... que não deixa sua vida de lado por causa de uma única pessoa, mas que mesmo assim é o objetivo da vida dele.


O romantismo hoje em dia está mudando, e por culpa somente de vocês mulheres. 

O nosso amor meu bem é feito de outras coisas, a gente demonstra nas atitudes e na proteção. Homem é assim e depois de tanto tempo praticando e aprendendo isso eu mudei muito mas não pra você, eu mudei pra mim mesmo.

E sim meu bem, esse algúem é você... olha não vou dizer que te amo hoje... mas eu estou louco pra te levar pra cama... temos que discutir a relação....

Beijo.

Afinal o que uma mulher busca em um homem.

 Sabe uma noite dessas estava sozinho no meu quarto, escutando uma música qualquer quando me veio a mente todas as mulheres que eu vi na vida, inclusive minha mãe, amigas, primas, conhecidas, ex, colegas de trabalho enfim, com aquela máxima dita por elas: " Será que existe homem ideal?" Dai eu fico pensando será que todos nós somos iguais, por extinto, talvez sim, na personalidade, nos sonhos, no tamanho da ambição, no que realiza durante sua vida, suas qualidades, aí concerteza acredito que não. Se analisarmos na figura contemporânea do homem de verdade iremos notar características dominantes, como aquele grande macho, pegador, que azara a mulherada, popular, não se apega a nenhuma e que possui qualidades que atraem o sexo oposto, até aí tudo bem, mas o que define um homem ideal?
                                               Será esse o homem perfeito?
Na minha opinião um homem ideal se faz de dentro pra fora, começa lá dentro no coração, é a paixão que nos move em direção a algo, um sonho, um objetivo, alguém que se quer conquistar, acredito que hoje em dia homens de verdade estão cada vez mais escassos não por falta de números mas por falta de ambição, de ser a pessoa certa para alguém, na noite vemos tanta gente, alguns com objetivo de beber até o último copo para quem sabe largar a inibição e partir pra cima de uma mulher ora, se precisa disso para provar seu papel esse caminho está meio contraditório, talvez sua vida também seja assim, uma ilusão, vivemos de olhares externos, todos vivemos é inegável isso, o ser humano nasceu para isso, precisamos nos sentir vivos e nada melhor que saber que alguém nos contempla, é assim no amor, é assim nas amizades é assim em tudo. Quando dizem que homem fiel não existe, com exceção da moça iludida que acredita que o amor é eterno do lado do seu amado e acredita que ele é a única exceção talvez seja verdade ou quem sabe está sendo chifrada nesse momento, mas acreditem mulheres homem quando trai é totalmente diferente de vocês, nós traímos por extinto, é algo para nos satisfazermos no papel como homem, é algo para jorrar desde os tempos de puberdade. Acredito que um homem ideal é trabalhador, assume seus riscos como deve, ama sua companheira e sempre procura o melhor para ela, um homem que seja apaixonado pela vida com objetivos em mente, que assume seus erros, silencioso, mas quando fala sua opinião fala com convicção, que tenha presença de espírito, aquele que diz tudo com um só olhar, que é capaz de depois de uma briga, pegá-la pelo braço dizer tudo o que lhe aflinge e ao mesmo tempo jogá-la na cama e fazer amor com ela loucamente, num estado de nirvana e depois disso nem se lembrar mais porque estavam brigando. Homem ideal, aquele que não tem vergonha de demonstrar suas fraquezas, mas que sabe controlá-las. E uma mulher ideal? Aí é outra história. 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Bem do jeito que você é....

Tenho guardada comigo uma coisa simples, mas forte, que nem que eu queira consigo abandonar. Sim, é essa tal de fé que me faz continuar apesar de tudo. A esperança que não morre nunca, que me faz acreditar num happy end muitas vezes falho e não me deixa parar. Li uma vez uma frase da Martha Medeiros que diz a pura verdade sobre as mulheres: "a gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida". E eu acho que não vale mesmo, por isso que eu ainda não me larguei em qualquer canto dando bandeira branca. Eu não sou de conformismo, não aceito a idéia de que sapo não vira príncipe e vou continuar procurando o meu. Quero sair correndo e não precisar de ninguém, mas aí vejo seus olhos castanhos cheios de alguma coisa boa que não sei o que é,mas que vale a pena. E quer saber? Eu páro de correr. Páro e sinto vontade de voltar. E quero que você esteja ali quando eu sentir necessidade de voltar na maior vontade do mundo de querer ganhar o seu abraço. Eu vejo sua imitação pirata da carinha que o gato de botas do Shreek faz e quero largar tudo que estou fazendo, pensando e sendo. Sento em cima do meu coração esfarrapado e assisto tuas cenas, e rio e beijo com a maior serenidade do mundo. E não tô mais nem aí pra tudo o que passou, para as horas correndo. Crio coragem de sair de manhã, no frio, pra ganhar um sorriso seu de quem jurava que eu não apareceria. E esse seu olhar surpreso me vale por todos os absurdos que eu seria capaz de fazer para tê-lo. Quero não precisar mais atrair um olhar furtivo de um bonitinho na rua pra me sentir bem. Quero que não faça a mínima diferença no meu dia o carinha estiloso que me cede a vez na fila do pão com uma piscadinha e uma voz rouca gostosa de se ouvir. E não precisar de gentilezas de um desconhecido para se tapar o buraco no peito. Que nenhum elogio alheio seja necessário para arrancar um sorriso. "Mas que seja você", rezo baixinho pra Deus escutar, "que seja você quem eu estava esperando". Quero provar pra todo mundo que eu não sou maluca e que sapo pode virar príncipe e que você pode ser meu sapo. Que nós podemos dar certo, eu tenho fé nisso. Que eu só precise dos seus dedos de leve nas minhas mãos, que eu possa encostar em você e escutar as batidas do seu coração me fazendo mais forte, sem medo de parecer piegas. E só isso me baste. Que eu admire você desde a teimosia dos cabelos bagunçados até a teimosia em discordar do que eu falo e fazer aquele tipo de frescura que eu odeio - só para rir da minha cara de desprezo. Que você me faça amar a sua cara de ciumento e as mordidas na bochecha. Que seja você o dono do olhar minucioso e furtivo, que seja a sua voz a mais gostosa de se ouvir. Que seja você o carinha da panificadora, que eu goste da sua piscadinha disfarçada e que você seja a fonte dos elogios que me deixam em pé. Que eu queira morar no seu sorriso de menino faceiro, que eu me apaixone por cada fiozinho de barba do seu rosto. Que eu ame as suas safadezas com a mesma tara que você ama as minhas provocações. Que eu saiba entender que as 'patadas' e tirações de sarro provêm de mais carinho guardado do que todos os melhores beijos que eu já tenha recebido. Que você entenda a minha loucura e ansiedade em querer tudo, e que eu saiba que quando você diz "calma" bem devagarinho é para eu despirar um pouco. Porque encostar a cabeça no seu ombro e ficar respirando o cheiro do seu pescoço depois de um dia cheio foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos tempos. Mesmo escutando um "não vá dormir aí, viu? Se você dormir e babar eu saio correndo" que me fez rir por você não saber o quanto eu precisava daquilo. E ganhar caretas, sorrisos e coisas que eu não teria coragem de pedir pra mais ninguém. Dizer a minha fraqueza de gostar de carinho nas costas e sentir receio de dizer que ando com vontade de te ver. Saber que eu sinto vontade de contar pra você coisas como "tô mal hoje" e que você vai entender. Dar um furo na rotina tão cansativa pra te escutar dizendo que se eu me comportar posso até ganhar um beijo no rosto, fazendo gracinha pra tirar minha cabeça desse mundo torto. Querer te ver às onze da noite só pra contar coisas, ou ficar abraçada contigo de um jeito que ninguém mais me fez ter vontade. Brigar com o computador que não me deixa te ver na webcam, e fazer um doce pra você travar uma batalha com a internet pra me mandar um beijo e uma carinha safada mesmo morrendo de sono. Olhar bem nos seus olhos sem dizer nada, e te deixar sem graça. Conferir o celular de dez em dez minutos, receber mensagem da operadora achando que é sua - totalmente desconcertante. "Pra que seja você, pra que dê certo", eu peço. Pra que tenha marra e mãos suficientemente insistentes pra me segurar. Porque tem vezes que eu quero sair correndo de pavor. Quero brigar com você por me fazer me encantar e ficar toda boba, mas só sorrio. E sorrio porque pode ser bonito o que vier, porque você também tem medo de levar outro tombo e porque estamos e viemos da mesma. O mesmo lugar de quem fica porque não tem opção mas quer sair e encontrar alguém. A gente se esbarrou nesse lugar e quem sabe estejamos saindo juntos por essa porta. Tenho medo de te pedir coisas que te assustem, de pedir demais pra compensar a falta que tenho aqui de muito tempo. Só quero ir sendo junto com as coisas, quero mais vezes sua mão quentinha que, por mais que não seja grande, fica enorme perto da minha. E coisas banais que fazem bem, até... até não sei quando! Mas que seja tempo suficiente, pra você e pra mim. Agora fique encarando meus olhos "feios" - como você brinca - pra eu ver você sem graça mais uma vez por hoje, pra eu deixar minha cabeça cair no seu ombro em mais uma risada gostosa.








Se a cada cinco minutos com você a única coisa que eu mais quero são mais cinco minutos, me explica como você pode ir embora e me deixar assim. Se a cada vez que passa a mão de leve nos pelinhos do meu braço só para vê-los arrepiados eu sinto Deus sorrir,me explica como deixar o tempo te levar de mim. São só coisas duras espalhadas por aí, coisas pontudas e sem cor que machucam, mas me deixa te cuidar. Tudo é tão extremo - mata ou salva - que ainda não aprendemos a lidar com algo que pode sangrar ferozmente como também encher de graças e aleluias ao mesmo tempo. Machuca sim, mas não mata. Ainda não deu tempo de o sol nascer, da luz nos aconchegar, e é preciso calma depois da noite escura para nos enxergarmos como realmente somos. Só preciso te mostrar o melhor que eu posso ser, então fique.
Quero mais tua boca macia na minha pele, quero mais dedos entrelaçados e conversas na varanda enquanto o fim da tarde deixa aquela brisa geladinha invadir a casa. Quero esquecer de propósito minha blusa em casa só para passear por aí com a sua e me agarrar no cheirinho do seu perfume, te encontrar a cada vez como a última chance de me arrancar uma réstia de sorriso nesse tempo tão monótono e triste. Não, não tenha medo de mergulhar na profundidade que somos nós e que eu também não conheço por enquanto, mas me deixe te levar. Não sei nadar ainda, assim como você, mas com você eu não tenho medo de afundar. Porque você é capaz de me salvar só com um olhar compreensivo quando as coisas vão mal, e segura forte a minha mão como se eu deixasse de despencar de um abismo só porque sua mão grande estivesse agarrada firme à minha. E aí eu já não tenho mais medo de cair. E se eu te ligo várias vezes no dia, e se a cada vez que ligo não consigo suportar a demora para atender, é porque preciso escutar a sua voz totalmente segura pra me dar um chão quando tudo parece desabar. Eu sei que é meio individualista isso, mas eu preciso que você me segure ou me dê um chacoalhão pra despirar um pouco a cabeça, e é por pura necessidade de quem precisa e só pode dar amor em troca.Preciso tanto te cuidar para garantir à mim mesma que estou no caminho certo e que o seu carinho não passa batido, preciso passar a mão no seu cabelo como se você ainda fosse um menino. Preciso me sentir viva e isso é coisa que só você conseguiu até hoje, então por favor, don't go away. Parece até que você é o meu ar, que controla meu coração de alguma maneira bizarra ou sei lá, só sei que longe de você eu enlouqueço um pouco mais e preciso me agarrar aos seus dedos para não cair.
Eu sei que essa necessidade toda é assustadora, mas a mais assustada da história sou eu por sentir que não consigo mais ser independente em nada. Não sei agir dessa maneira, não sei não ter controle e só sinto que tenho um pouco de paz quando visto a sua blusa ou sinto a ponta dos seus dedos nos meus braços. Ou quando você chega silencioso e me abraça forte como se entendesse a necessidade do silêncio naquele momento e conseguisse resumir tudo naquele abraço. Como se você tivesse o poder de puxar para si todas as coisas pontudas que doem de dentro de mim me envolvendo nos seus braços. E aí o mundo inteiro pode acabar, a Terceira Guerra Mundial pode começar, um vendaval pode levar nossa varanda que eu não ligo. E me sinto segura, me sinto bem, como se seus braços pudessem me proteger de tudo o que existe - dentro e fora da minha cabeça. Não vá embora. Estou aqui como criança indefesa que pede humilde um carinho um colo ou qualquer coisa que ofereça calor - então fique só mais cinco minutos. E daqui a cinco minutos, te pedirei só mais cinco.

homem burro é como churro....

Homem burro é como churro: pode até dar água na boca quando se olha, mas mal se acaba de comer e já causa indigestão. Sem falar na culpa que bate por não termos gasto as calorias em algo mais refinado.














Nunca fui fã de moços que pedem sanduíche de “mortandela”, muito menos daqueles que discutem a obra de Mohsen Makhmalbaf em oposição à de Jafar Panahi e a sua importância no cinema iraniano atual. Os dois tipos, apesar de separados por um oceano de bibliografia, sofrem de uma completa falta de noção do mundo e de quando calar a boca. Ambos, apesar das diferenças, são igualmente burros. E esse, pra mim, é o maior defeito que um homem pode ter.Pança se perde diminuindo a ingestão do barril semanal de chope. Pêlo na orelha se resolve com uma tesourinha. Mas, burrice, só nascendo de novo. Adquirir cultura até dá pra conseguir na mesma encarnação, mas não adianta nada saber tudo sobre a obra de Rachmaninoff e não perceber que boteco com os amigos não é ambiente, nem hora, de exibir os conhecimentos artísticos. Eis aqui meu ponto: a inteligência vai muito além de enfileirar conhecimentos. Um homem inteligente é aquele que sabe quando ser bocó e contar a piada dos pontinhos e a hora de virar um gentleman e usar sua cultura e panca de bom.Inteligência, nesse sentido, é um tesão. É uma delícia ser surpreendida por comentários sarcásticos, respostas inusitadas. Não saber de cor e salteado o discurso do outro, as reações. Não existe nada mais agradável do que uma pessoa cuja companhia é, mesmo depois de muito tempo, surpreendente.Um homem inteligente sabe muito bem que dois vestidinhos pretos (por mais parecidos que sejam) não têm a mesma alma. Um homem inteligente discorda sem brigar e, se for preciso, briga, mas sem transformar a noite em uma longa disputa pela razão — ele sabe que, nessas horas, ninguém tem razão.Peitão delineado e coxonas grossas são realmente apetitosos. Mas eu troco fácil um bíceps bem definido por uma conversa envolvente regada a álcool. Porque, no final, o que me excita é aquilo que está escondido não nas calças, mas por detrás daquele sorriso.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Com voce será tudo diferente

O problema de ser uma bagunça é que sempre tem alguém querendo arrumar. "Ah, eu consigo. Vou mudar essa garota". Não, você não vai.  Quando me lembro de quantas pessoas já decepcionei sinto até uma dor no peito, ah vai, eu sou sentimental às vezes.

                             DGA

Não me conformo com minha imutabilidade, todo mundo quer ser bobo um dia. Imagino que se apaixonar de verdade uma vez ou outra deve ser legal; passarinhos cantando para que você acorde e borboletas voando em seu estômago te mantendo viva. Tudo bem que depois de um tempo matamos os pássaros, borboletas e qualquer outro animal que insista em nos fazer de bobas;  foi bom enquanto durou, mas que bom que passou. E então eu poderia fazer parte daquelas conversas de bar tão clichês e divertidas "Nossa, lembra como eu era idiota? 24 horas com um olhar vago pensando nele". Quando esses assuntos começam eu logo dou um jeito de sair pela tangente, "Olha, que cara gato na mesa ao lado!". Por favor, ser sem sentimentos não é algo que as pessoas gostam de ouvir ou que admiram, não, as pessoas julgam. "Até parece que você nunca se apaixonou ou ficou caidinha por alguém", pois é amiga, nem eu acredito.

Quando penso nisso me recordo da minha infância desperdiçada em que assistia filmes da Disney, me imaginava encontrando um príncipe e sendo feliz para sempre. Acontece que além de eu ser problemática e ter alguns (muitos) problemas de confiança, príncipes não existem. Fui iludida! O cara não vai achar seu sapatinho perdido por aí e ir atrás de você; a realidade é bem diferente, se o cara acha um sapato é capaz de vender no mercado livre. Assim como você não é uma sereia e vai se apaixonar por um humano ou uma princesa que se apaixona por um plebeu. Infelizmente eu abri meus olhos muito cedo e me tornei essa pessoa cética que vocês estão vendo.

Viu, eu sou uma bagunça. Sou do tipo de mulher que se conhece um homem incrível começa a achar que ele está escondendo alguma coisa. Será que é um maníaco do parque? Está querendo se aproveitar de mim? Deve ser gay. E isso é culpa deles, não minha. Anos e anos conhecendo e desconhecendo todos tipos de caras me fizeram criar um estereótipo "perfeito". Bonito porém burro; inteligente porém feio; bonito, inteligente porém gay e por aí vai. Sempre tem algum defeito, né. O problema está em querer achar alguém com um defeito encantador já que eu não me encanto nem com qualidades.

Daí conheço um cara. É, sempre conheço algum. Já chego jogando aberto e dizendo que não sou lá a pessoa mais fácil de se entender, ele diz que não liga, claro. Faço terror psicológico e ele ainda acha charmoso! O pior é que já sei o que se passa em sua mente "Vou mudar essa garota. Fazer ela gostar de mim". Ah, vai, vai sim. Dá vontade de falar "Cara, não se ilude, sério." Mas não dá, eles gostam assim. Depois de infinitas tentativas para quebrar a barreira que meu coração criou, eles se cansam. Descobrem que quem avisa amigo é, e eu avisei. Ah, avisei! Criou expectativa, se decepcionou. É o mandamento básico de uma vida acreditando no melhor das pessoas.
Já perdi as contas de quantos caras se decepcionaram por achar que eu era a mulher da vida deles. Eu sou a mulher da minha vida, preciso me entender, me decifrar, destruir minhas barreiras. Eu sou uma bagunça que não quer ser arrumada, não agora. Então por favor, desistam de tentar consertar quem não quer ser consertada. Preciso de tempo para colocar tudo em ordem e assim poder convidar alguém para entrar..

DGA...



Gosto de você de um jeito meio torto, de um jeito meio meu. Gosto de você em silêncio. Quieta. Gosto de você só pra mim. Não sou o tipo de garota que diz que gosta de alguém. Não sou o tipo de garota que não gosta de ninguém. Se faz de durona. Finge que não sente, finge que não se importa. Tem medo de sentir, tem medo de viver, tem medo de amar. Medo de um dia ter que admitir que tem sentimentos. Por você.
Gosto de você de um jeito meio louco, de um jeito meio meu.  Fico aqui pensando em todas loucuras que fizemos juntos e quero mais. Sempre mais. Sair correndo por aí sem destino. Tomar banho de chuva até não aguentar mais. Brigar até sentir vontade de te beijar. Ficar longe até a saudade não deixar.
Gosto de você de um jeito meio indiferente, de um jeito meio meu. Diz pra todos que não sente. Sempre fui assim, você sabe. Mas quem vai negar.. Meu olhar é todo seu. Meus melhores beijos são seus. Meus mais quentes abraços serão pra sempre seus. Minha despedida com você.. Que nunca deixei acontecer.
Gosto de você de um jeito meio distante, de um jeito meio meu. Fico aqui te observando, tão lindo, tão feliz, tão meu. Fico aqui torcendo por você, tão de longe, tão eu. Fico aqui imaginando o que você sente, o que você pensa,  o que você está fazendo. Fico aqui de longe porque não quero te atrapalhar com minhas loucuras, com meu jeito, só meu. Fico só olhando. Admirando. Te amando. De um jeito só meu.