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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A nota aguda.









Eu sou a luz do campo, a que trouxe a paz e a alegria para um povo triste. Mas eu escondi um segredo, fui estranha para mim durante séculos, não queria ser o que me tornei. Eu trouxe a luz pois eu sou luz, mas dentro do meu coração a tristeza reinava, havia Rei e Rainha. Eu chorei todas as noites pela dor que o tempo fez eu sentir, eu odiava tudo o que era relacionado ao amor, eu sentia repulsa só de imaginar, mas eu continuava a brilhar, não me pergunte como eu ainda brilhava, e durante muitos anos eu continuei a chorar pela falta que você me fez sentir. Eu olhava a noite escura e pensava como eu ainda tinha forças pra mostrar minha luz.
Eu cai em um engano terrível, eu pensei que todos a minha volta eram perfeitos, eu nunca iria imaginar que eles pudessem nos magoar, eu nunca iria pensar que ele iria me magoar... Mas você o fez. E doeu tanto que eu quase apaguei, eu perdi o ar, e senti a dor em meu corpo, anestesiada fiquei, apagada não. Eu sabia que pessoas precisavam de mim, e eu andei, olhando pra frente, esqueci que você um dia existiu pra mim, e eu fiz questão de esquecer todas mentiras que você me disse.
Eu sou uma nota aguda, caminho exalando meu perfume doce, as pessoas se sentem atraídas para minha órbita, elas sentem a música e a luz que eu as dou, elas se sentem amadas, elas não são magoadas como você me magoou.

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