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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ÁLBUNS DE CASAMENTO

Outro dia, num daqueles dias, onde parece que os ex se juntaram e querem acabar com o nosso bom dia, estávamos conversando quando o assunto surgiu espontâneamente: o que fazer com o álbum de fotos do casamento?




Tão cheio de lembranças e rostos conhecidos... inclusive o do ex, no meu caso, o pai das crianças.



Tem gente que rasga, põe fogo, outros jogam pela janela.... O meu? Está bem guardado, quase enterrado, mas não jogo fora.



Por quÊ? É simples. Fotos são recordações de momentos que foram felizes, não importa se hoje a realidade é outra.



Tenho filhos, e cedo ou tarde eles vão querer saber a história dos seus pais, diga-se de passagem, uma história que não me faz orgulhosa e nem feliz, mas escolhas tem dessas coisas, você sempre sofre as conseqüências e tem que arcar com elas.



Duro é vc olhar fotos e ver aqueles rostos felizes, com semblantes cheios de promessas e sonhos, que, se estamos falando sobre isso, é porque não se realizaram ou se quebram pelo caminho.



Mas não acho certo se livrar das lembranças, como se pudesse abrir um vácuo entre o antes e o depois, mas isso vai aliviar a dor? Diminuir a tristeza? Alterar o passado? Claro que não.



O pai dos meus filhos queria levar o álbum para os parentes ver, depois da separação, e ainda arrematou: “.... Quem sabe não ponho fogo nisso tudo?”



Minha indignação foi suprema: “....Como assim?! Por fogo???!!!! Se vc já não ia levar antes, não vai ser agora. Se alguém tiver que queimar qualquer coisa aqui, esse alguém sou eu, já que fui eu que paguei!!!!!!!!



Materialista???? Pode ser. Mas não admito esse tipo de desaforo. Por mim teria tirado eles das fotos e guardado minhas imagens, mas, infelizmente não dá. Então guarda-se tudo e espera-se que um dia consiga olhar para tudo aquilo, sem um pingo de emoção, apenas fotos de pessoas distantes, quem sabe?



Mas é isso, que mais se pode fazer? Ter paciência e deixar o tempo agir, aos poucos.



Por hoje é só....

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