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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

EVENTOS EM FAMÍLIA.....

Quantos eventos em família hei de suportar antes de ter uma síncope e mandar minha boa educação para o espaço????
Vou esclarecer o motivo da minha cólera momentânea:
Meu lindo filho fez aniversário mês passado  e normalmente fazemos uma festinha simples com  bolinho,refrigerante para comemorar o evento, só o pessoal de casa e amigos: eu, meus filhos, meus irmãos, minha mãe, meus amigos , minhas primas.
Esse ano meu filho que  fez  2 º aninhos quis  presença do pai.


Sou tipo de ex-mulher muito compreensiva e sempre me preocupou muito o relacionamento que meus filhos pudessem ter com o pai, mas após a separação, apesar de incentivar o relacionamento, não faço questão de dividir o mesmo ambiente com ele.

Fico incomodada, esse é o termo certo, parece que não estou no lugar correto.
Além do que, ver a alegria do Nicholas  em relação a uma pessoa que me causou tanta dor, tantos aborrecimentos, me dá uma sensação estranha de ingratidão.
 Sei que não deveria sentir isso.....mas não controlo meus sentimentos, não controlo as sensações, bem que queria, mas também sei dizer que isso não me faz bem algum, então que venham as sensações.
Alguns, mais racionais diriam que a felicidade da criança é que conta, perdõe-me, mas discordo, talvez eu cause muito sofrimento aos meu  filho por ter me separado do pai dele, mas tenho certeza que estivesse casada, o sofrimento teria sido maior. Eu poderia nem mais estar por aqui, tamanho era o meu descontentamento com o relacionamento, e ninguém veio ao mundo para ser infeliz, muito pelo contrário, temos o direito de ser felizes e de deixar ser.
Ando buscando rumos novos, em  todos os campos, em todas as esferas, porque tudo na vida é mutável e temos que entender de forma completa. 
Temos o direito a mudança, a alegria e a busca da felicidade, sempre pondo na balança o que está valendo mais, para não se arrepender depois e se isso acontecer, se arrepender menos..

Fiquei uns dias chateada com os acontecimentos da festa, como sempre ele bêbado e ainda fazendo um maior barraco...
A família dele como sempre nunca faz questão de aparecer, sempre  quem fazer uma forcinha esta sempre presente na vida de Nicholas e sua tia Lu.
Eu sai cedo da festa com meu filho nos braço e com minha família deixei aquele louco e psicopática gritando dentro do salão de festa.
Foi horrível sabendo ele que a festa não era pra mim e nem para ele e sim para o filho dele!
Com a alegria exultante dos meu filho em terem o pai durante o evento, mas compreendo racionalmente, mas entendo, emocionalmente falando que eu tenho muito claro na mente os acontecimentos anteriores porque sou adulta, e sofri amargamente cada episódio, cada capítulo, ele, crianças muito pequeno, não tem esse registro claro na mente, talvez vislumbres, talvez nem isso.
Então, o que fazer?
Talvez decida fazer como eu....Pego a carga emocional, e faço um pacotinho, espero estar sozinha, abro o pacotinho, que já ficou um pouco maior e choro, choro e choro. 
Não brava com ele, por ama o pai e nem fica brava comigo por não suportar isso, mas apenas ponho minha dor para fora, através das lágrimas, sem incomodar, nem machucar ninguém. 
No decorrer da minha vida aprendi algumas coisas, entre elas.....aprendi que a pessoa de quem devemos cuidar melhor é daquela que convivemos com ela estreitamente e essa somos nós, os outros devem ser cuidados, mas para tanto temos que estar de bem conosco e ponto final.
Preciso me preparar, afinal tenho mais alguns eventos pela frente, vou levando e aprendendo dia a dia.
Até porque, se está bom para todos, quem tem que aprender a lidar com a situação sou eu.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

REALIDADE....



Sabe qual é a pior coisa após a separação? Você recuperar a sua auto estima, o seu amor próprio, a sua personalidade.

Fiz descobertas imensas nestes 1 anos de separação, descobertas que estavam enterradas, enterradas não é o termo correto, eu diria trancafiadas a 20 mil chaves dentro de mim.

Uma delas foi a capacidade de viver. durante um período da minha vida, achei q minha melhor coisa era ser mãe, esposa, tinha me perdido da mulher que nunca fui.

Nunca fui porque a mulher que nasceu depois da separação foi alguém que eu não conhecia, alguém que eu não sabia q existia, mas muito melhor do que eu podia imaginar.

Hoje me olho no espelho e não encontro requicios da outra mulher, às vezes me sinto poderosa, outras maravilhosa, fico até inibida comigo mesma por me achar tanto assim, só q eu sempre estive ali, com todas aquelas qualidades, com todo aquele amor para dar e receber e não havia retorno.

Durante um período da minha vida, senti como se quisessem me fazer acreditar, e quase conseguiram, que eu era uma mulher fraca e que precisava de alguém ao meu lado para me direcionar, para eu seguir.

Descobri q não preciso. Que só preciso de alguém q queira me amar como eu sou, com os meus todos defeitos e alguma s qualidades, de resto.... eu me viro, não é fácil, mas é gratificante.

Tem histórias pacas por aí a fora de mulheres que matam 5 leões por dia e sobrevivem, eu mato um, às vezes 2, mas estou feliz.

E felicidade incomoda. Sempre.

Estou querendo reajeitar minha vida, não é fácil, mas preciso. Sei q vou perder algumas "mordomias" mas vou conquistar o q sempre quis.... a Liberdade.

Quero levar meus filhos para crescer com responsabilidade e felicidade incutida no peito e no coração.

Precisamos de nosso espaço e vou batalhar por isso, devagar, pq tenho q dar um passo de cada vez, não posso me precipitar, nem correr, mas acredito em mim. Em 32 anos aprendi a acreditar.

Se eu soubesse q a separação ia me dar essa dimensão.... teria me separado antes.

Relacionamentos me deixam sempre assim, com medo das algemas, com duas crianças então, o medo vira pavor.

Ando fazendo coisas q nunca fiz na vida e q sei q não preciso deixar de fazer, só encontrar um caminho, um vão.

Às vezes é díficil, mas sempre achei q o q vem de forma fácil não tem muito valor, fica sem sabor.

A realidade é dura, mas vale a pena, tenho q me adaptar a certas coisas, porque viver é isso, e sei q posso, antes achava que não, agora tenho certeza que td é possível.

Minha alma está sendo nutrida, meu coração... vai bem obrigada, e a vida ..... está aí para ser vivida, tem seus encantos e seus desabores, mas um serve para compensar o outro e ponto final.

Por hora é só, bjs a todos...

    

ÁLBUNS DE CASAMENTO

Outro dia, num daqueles dias, onde parece que os ex se juntaram e querem acabar com o nosso bom dia, estávamos conversando quando o assunto surgiu espontâneamente: o que fazer com o álbum de fotos do casamento?




Tão cheio de lembranças e rostos conhecidos... inclusive o do ex, no meu caso, o pai das crianças.



Tem gente que rasga, põe fogo, outros jogam pela janela.... O meu? Está bem guardado, quase enterrado, mas não jogo fora.



Por quÊ? É simples. Fotos são recordações de momentos que foram felizes, não importa se hoje a realidade é outra.



Tenho filhos, e cedo ou tarde eles vão querer saber a história dos seus pais, diga-se de passagem, uma história que não me faz orgulhosa e nem feliz, mas escolhas tem dessas coisas, você sempre sofre as conseqüências e tem que arcar com elas.



Duro é vc olhar fotos e ver aqueles rostos felizes, com semblantes cheios de promessas e sonhos, que, se estamos falando sobre isso, é porque não se realizaram ou se quebram pelo caminho.



Mas não acho certo se livrar das lembranças, como se pudesse abrir um vácuo entre o antes e o depois, mas isso vai aliviar a dor? Diminuir a tristeza? Alterar o passado? Claro que não.



O pai dos meus filhos queria levar o álbum para os parentes ver, depois da separação, e ainda arrematou: “.... Quem sabe não ponho fogo nisso tudo?”



Minha indignação foi suprema: “....Como assim?! Por fogo???!!!! Se vc já não ia levar antes, não vai ser agora. Se alguém tiver que queimar qualquer coisa aqui, esse alguém sou eu, já que fui eu que paguei!!!!!!!!



Materialista???? Pode ser. Mas não admito esse tipo de desaforo. Por mim teria tirado eles das fotos e guardado minhas imagens, mas, infelizmente não dá. Então guarda-se tudo e espera-se que um dia consiga olhar para tudo aquilo, sem um pingo de emoção, apenas fotos de pessoas distantes, quem sabe?



Mas é isso, que mais se pode fazer? Ter paciência e deixar o tempo agir, aos poucos.



Por hoje é só....